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Policia MT
Quarta - 14 de Março de 2012 às 18:18
Por: Débora Siqueira

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Assessoria
Estima-se que cerca de 300 quilos de agrotóxicos foram apreendidos na manhã de hoje
Estima-se que cerca de 300 quilos de agrotóxicos foram apreendidos na manhã de hoje

Desde 2010, quando se iniciaram as investigações que culminaram na Operação São Lourenço, desencadeada nesta quarta-feira (14), a Polícia Federal (PF) realizou nove apreensões de agrotóxicos contrabandeados e falsificados, totalizando 9 toneladas. O material apreendido hoje ainda não foi contabilizado.

O delegado Bruno Toledo, responsável pelas investigações, disse que não é possível calcular quanto o grupo criminoso iria lucrar com o agrotóxico apreendido. “Há produtos que valem R$ 20 mil o quilo e outros que custam R$ 100 ou R$ 300 o quilo. Mas seria uma quantia razoável. É um comércio fácil de lucro fácil e grande demanda”.

Neste período de dois anos duas fábricas clandestinas de agrotóxico foram fechadas. Uma funcionava em uma casa na Vila Birigui, em Rondonópolis, e outra em uma chácara em Poxoréu.

Estima-se que cerca de 300 quilos de agrotóxicos foram apreendidos na manhã de hoje. Um dos pontos que os policiais federais encontraram produtos falsificados foi em uma garagem de automóveis. Um dos sócios-proprietários do local, Ricardo Souza Lopes, 37 anos, foi assassinado com três tiros na cabeça a queima-roupa, às 8 horas, do dia 7 de outubro de 2011. O delegado não comentou se o crime tem ou não relação com venda ilegal de agrotóxicos.

Dos 21 mandados de prisão, 16 foram cumpridos. Outras três pessoas foram conduzidas coercitivamente à delegacia da Polícia Federal. Dentre elas técnicos agrícolas, agrônomos e produtores rurais. O delegado Bruno Toledo disse que por norma da PF eles não podem dizer quem são os presos. O processo está sob sigilo.

Nenhum dos 21 mandados de prisão tem produtor rural como alvo. São os fabricantes, vendedores e contrabandistas de agrotóxicos, segundo Bruno Toledo. Eles devem ser indiciados por formação de quadrilha, contrabando, crime ambiental, falsificação de agrotóxicos, estelionato, emissão de notas falsas.

“O que posso dizer é que durante esses anos alguns produtores rurais já foram presos, alguns pagaram fiança, outros estão respondendo processo por crime ambiental e pela lei do agrotóxico. Três grandes fazendeiros da região foram identificados pela compra de agrotóxicos falsificados ou contrabandeados”.

O delegado agora vai analisar os materiais apreendidos e ouvir os presos para decidir se vai pedir a prorrogação das prisões temporárias (até 5 dias) ou pedir a conversão em prisão preventiva até relatar o inquérito e encaminhar ao Ministério Público Federal (MPF).






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