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Quinta - 10 de Novembro de 2011 às 07:32
Por: FERNANDO DUARTE

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O ex-diretor da Agecopa, Carlos Brito, esteve ontem no Ministério Público Estadual e entregou remessa de documentos
O ex-diretor da Agecopa, Carlos Brito, esteve ontem no Ministério Público Estadual e entregou remessa de documentos
O ex-diretor de Infraestrutura da extinta Agecopa, Carlos Brito, afirmou ontem que despachou um ofício, quando ainda trabalhava na autarquia, apontando irregularidade na aquisição dos Conjuntos Móveis Autônomos de Monitoramento (Comam), formados também pelas Land Rovers Defender. Ele afirmou que deu por encerrado o caso quando não recebeu o parecer da então Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) em relação à compra dos veículos. Foram apresentadas cerca de 600 páginas de documentos em reunião na tarde de ontem com o Ministério Público Estadual (MPE).

Brito disse que o encontro com o MPE surgiu após o secretário-extraordinário Eder Moraes dizer que já havia recebido os contratos da Diretoria de Infraestrutura, e atribuiu ao ex-diretor a compra das Land Rovers.

Segundo Brito, Eder Moraes é mentiroso por afirmar que a Diretoria de Infraestrutura era a responsável. “Regimentalmente, a diretoria é a responsável, mas não foi isso que aconteceu”, destacou, afirmando que esse era um dos motivos para as constantes críticas que ele fazia contra a Moraes. Segundo ele, a compra aconteceu à margem da diretoria.

Ontem, na Procuradoria de Justiça, Brito disse ao promotor Clóvis de Almeida Júnior (responsável pelas investigações) que a aquisição deveria ter sido feita pela Sejusp e não pela Agecopa. Quando teve conhecimento dos conjuntos, enviou um ofício ao Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) e à Sejusp.

De acordo com Brito, somente o Gefron retornou o comunicado apoiando a compra e, até a sua saída da autarquia, não havia posicionamento nenhum da Sejusp. “A diretoria estava em fase de esvaziamento quando despachei o ofício apontando a irregularidade”.

“Agora vem o Eder, depois que estourou a informação, dizer que eu tive envolvimento”. O MPE já o tinha convocado após a audiência pública que tratava do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em que, inclusive, houve bate-boca entre os então diretores.

ANÁLISE -

O promotor Clóvis de Almeida disse que ainda irá analisar os documentos levados por Brito, estimados em 600 páginas, antes de se manifestar sobre o caso.

Procurado pela reportagem, o secretário-extraordinário não foi localizado para se posicionar sobre o caso até o fechamento da edição.

Os dez conjuntos móveis foram avaliados em R$ 14 milhões, sendo que mais de R$ 2 milhões já haviam sido liberados como garantia. A compra, entretanto, foi suspensa pelo governo do Estado após as várias críticas que surgiram com o caso. O Tribunal de Contas do Estado (TCE), apesar do cancelamento, ainda investiga o caso.

Anteriormente, quando da divulgação da compra, o MPE já havia questionado o negócio, primeiro pelos valores e, depois, pela dispensa de licitação, mesmo que a compra envolvia também um radar acoplado, treinamento aos militares e ainda transferência de tecnologia.




Fonte: Do DC

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