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Cidades/Geral
Quarta - 02 de Novembro de 2011 às 16:36
Por: ALEXANDRE APRÁ

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Ministra Eliana Calmon foi cobrada para que CNJ apresente resultado de inspeção feita no TJ
Ministra Eliana Calmon foi cobrada para que CNJ apresente resultado de inspeção feita no TJ

Os questionamentos feitos à corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, demonstram a fragilidade do Poder Judiciário de Mato Grosso, que ainda se recupera de uma crise institucional iniciada há mais de 10 anos, após denúncias de existência de um esquema de corrupção e venda de sentenças.

Eliana Calmon, que esteve em Cuiabá na última semana, para entregar uma aeronave que está sob tutela da Justiça e será utilizada pelos tribunais locais, teve que encontrar espaço na agenda para ouvir reivindicações de servidores e de cidadãos que se utilizam dos serviços jurisdicionais.

Esse foi o caso do produtor rural Clayton Arantes, de Sinop (500 Km ao Norte de Cuiabá), que acusa o juiz Paulo Martini, titular da 1ª Vara Cível do município, de agir com parcialidade, em suposto conluio com advogados, para lhe prejudicar em um processo por disputas de terras.

Cautelosa, a corregedora chegou a afirmar que as denúncias são gravíssimas e que vai analisar a possibilidade de avocar um processo administrativo disciplinar aberto contra o magistrado, em 2009, e que estaria "parado" no Tribunal de Justiça.

Calmon também foi questionada pelos servidores do TJ. Há três semanas, eles iniciaram um movimento grevista, onde cobravam o pagamento de passivos de URV pela administração da Corte.

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat) questionou a demora do Tribunal em divulgar os valores que cada servidor tem direito, além da falta de vontade política em iniciar os pagamentos.

O atual presidente do TJ, desembargador Rubens de Oliveira, em parceria com a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil, fez um acordo com a categoria, se comprometendo a iniciar os pagamentos dos servidores que têm o direito de receber os passivos na ordem de até R$ 12 mil.

A ministra Eliana Calmon também foi cobrada em apresentar o resultado final da inspeção realizada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no início do ano.

Segundo ela, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ainda estuda os dados coletados, e afirmou que não está descartada a abertura de sindicâncias contra magistrados, a partir de irregularidades que possam vir a ser constatadas.






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