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Politica MT
Quinta - 27 de Outubro de 2011 às 07:56

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O presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, senador Jayme Campos (DEM-MT) cobrou, na quarta-feira (26.10), soluções do Governo Federal para enfrentar os graves problemas de saúde pública no país. “Há um estado precário de grande parte de nossas unidades hospitalares com ambulâncias inoperantes, equipamentos quebrados e falta de material. Estes são temas recorrentes em um cenário vergonhoso”, disse Jayme Campos ao citar a paralisação dos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS), que atingiu vários estados.

O senador ressaltou que, neste momento em que o Senado Federal volta a debater a regulamentação da Emenda 29 para redistribuição dos recursos da saúde, o Congresso não pode ser responsabilizado pela falta de financiamento público e que “isso deveria estar a cargo do próprio Governo Federal”. Para Jayme Campos, o governo gasta mal o dinheiro da saúde e, quando se há necessidade de criar novas fontes de receitas, “o Executivo não assume e passa a responsabilidade para o Parlamento”.

Jayme divulgou números que demonstram deficiências no atendimento e lembrou que a população brasileira elegeu a saúde como principal problema a ser solucionado. “A média de leitos de UTI por habitante fica abaixo da nacional, que é de 1,3 e 203 mil leitos foram perdidos entre 1990 e 2011”, alertou o presidente da CAS.

O parlamentar lembrou o anúncio de novos programas feito pelo ministro Alexandre Padilha na CAS e se mostrou preocupado. “Não temos os remédios mais básicos, como podemos investir em um programa no estilo home care, por exemplo, como anunciou o ministro? É temerário lançar novos programas diante desta crise estarrecedora”, criticou. 

“De doer o coração” – Jayme Campos, no início dos trabalhos da comissão, comentou imagens divulgadas pela imprensa nacional que demonstram a situação dos hospitais públicos das cidades de Cuiabá e Várzea Grande, em Mato Grosso. “Há um caos instalado de doer o coração. Parece mesmo um cenário de guerra”, disse o senador ao citar a demorada espera em ambulâncias e os leitos improvisados.

Os senadores integrantes da CAS, mesmo os da base do Governo, apoiaram as críticas feitas por Jayme Campos e ressaltaram a importância de se buscar novas fontes de recursos. “A realidade de Mato Grosso não é diferente de outros estados brasileiros. Nenhum pronto socorro está preparado para suprir a demanda”, completou o senador Waldemir Moka (PMDB-MS), ao defender um acordo de líderes para aprovar a regulamentação da Emenda 29.

O senador Paulo Paim (PT-RS) reforçou que “o caos é real” e criticou o piso de R$ 1.000,00 pago aos médicos do SUS. “Estamos discutindo vidas e é um pacto pela vida que devemos fazer”, concluiu o senador petista.






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