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Quarta - 26 de Outubro de 2011 às 15:18
Por: EUZIANY TEODORO

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As explicações do deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) sobre o desabamento de parte do teto do Pronto-Socorro de Cuiabá, dadas na terça-feira (26), na Câmara Municipal, não foram consideradas convincentes. O vereador Domingos Sávio (PMDB) decidiu entrar com pedido de abertura de inquérito civil no Ministério Público Estadual, logo após o depoimento do deputado tucano.

"Eu, pelo menos, continuo sem saber quem é o responsável pelos prejuízos no Pronto-Socorro. Esse depoimento é mais um motivo para que eu pedisse a abertura desse inquérito. Ele (Avalone) foi evasivo", afirmou Sávio.

Em suas explanações, o deputado isentou a construtora Três Irmãos, responsável pela obra de reforma e pelos reparos no Pronto-Socorro, de qualquer culpa sobre o desabamento do teto em duas alas do hospital. A empresa é da família de Avalone.

Segundo ele, a Prefeitura da Capital chamou outras empresas para fazer a manutenção, após a entrega da obra de reforma do PSM, em março de 2010. "Não sei quais são essas empresas, mas a construtora dos meus irmãos vai fazer o conserto", disse Avalone.

A Três Irmãos Engenharia Ltda., de propriedade de Marcelo Avalone e Carlos Eduardo Avalone, recebeu mais de R$ 5 milhões pela reforma da unidade sanitária. Ainda faltam quase R$ 200 mil, a serem pagos pela Prefeitura. O total da obra é de R$ 5.897.754,39.

Em entrevista ao MidiaNews, o secretário de Saúde de Cuiabá, Lamartine Godoy, afirmou que esse repasse só vai ser feito após todos os reparos serem finalizados.

Para o vereador Domingos Sávio, a medida é correta. "O mínimo que a empresa tinha que fazer era pagar pelos reparos mesmo, sem ônus ao município. Mas, os responsáveis precisam pagar pelos prejuízos, seja a empresa Três Irmãos ou qualquer outra, como o Avallone acusou", disse.

Para Sávio, a abertura do inquérito civil pode resolver a questão. "É o caminho mais curto para resolver esse problema", disse.

Entenda o caso

Durante as fortes chuvas do último dia 14, parte do teto do Pronto-Socorro de Cuiabá desabou. A chamada Ala Vermelha, que atende os casos mais graves de urgência e emergência, foi a principal atingida e continua interditada para os reparos.

A empresa que fez a reforma do hospital, entre dezembro de 2009 e março de 2010, pertence à família do deputado Carlos Avallone.

Durante a sessão plenária desta terça-feira, o vereador responsabilizou outras empresas que fizeram manutenções na unidade de saúde pela queda do telhado.

De acordo com ele, essas empresas deixaram telhas quebradas e entulhos em cima do telhado, o que teria causado o desabamento.






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