Figuras importantes durante a costura política que assegurou a confirmação do futuro estádio do Corinthians como palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o governador do Estado, Geraldo Alckmin, afastaram-se publicamente de Orlando Silva, ministro do Esporte, que vem tendo que prestar contas depois de denúncias de corrupção por desvio de verba pública.
Questionados se as denúncias acerca do ministro, mediador direto do governo brasileiro com a Fifa, poderiam atrapalhar os diálogos com a entidade a respeito do Mundial, ambos minimizaram sua importância dentro do processo. "O diálogo é entre instituições, e não entre pessoas. Portanto, ele continuará acontecendo da melhor maneira possível", disse Kassab, acompanhado por discurso semelhante de Alckmin. "Nossas relações são sempre institucionais. E são sempre positivas", completou o governador.
Orlando Silva é apontado como beneficiário de um suposto esquema de desvio de dinheiro público que seria destinado ao programa social Segundo Tempo. De acordo com denúncia feita pelo policial militar João Dias Ferreira, o ministro teria recebido propina por meio de contratos.
Inicialmente, foi dito que a presidente da República, Dilma Roussef, o afastaria da organização da Copa do Mundo por conta das denúncias e também do desgaste do parlamentar. Em viagem pela África, porém, ela atentou para a necessidade de apuração dos fatos antes de se tomar qualquer medida. Dilma tem retorno previsto ao Brasil para a noite desta quinta-feira e deve esperar novos desdobramentos para decidir se Orlando Silva continuará à frente do Ministério do Esporte.
Em meio ao clima de desconfiança, a Fifa anunciou na manhã desta quinta-feira as sedes das partidas da Copa das Confederações de 2013 e confirmou o jogo inaugural do Mundial de 2014 na cidade de São Paulo, mais precisamente no futuro estádio do Corinthians, em Itaquera.
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