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Quarta - 19 de Outubro de 2011 às 10:31

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Penitenciária Central do Estado, de onde Sidnei não se cansou de fugir
Penitenciária Central do Estado, de onde Sidnei não se cansou de fugir

Um ano após fugir pela porta da frente da Penitenciária Central do Estado, o latrocida Sidnei Bittcurt, condenado a mais de 100 anos de prisão, foi capturado pela Polícia Civil paulista.

Ele foi preso no mês passado na cidade de Jales, após participar de um assalto a uma carga de calçados. Na ocasião, ele usava o nome falso de Antônio da Silva Diaz. Ontem, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) confirmou a verdadeira identidade do latrocida.

Contumaz em fugas, o latrocida fugiu nas cinco vezes em que foi preso e, em todas, há a suspeita de que pagou pela liberdade, sempre usando esquema diferente. Na última, em setembro do ano passado, ele teria pago R$ 80 mil e ainda levou mais três traficantes.

Na lista dos fugitivos consta Augusto Rodrigues Martins, apontado pela Polícia Federal de chefiar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas e receptação de carretas, preso em novembro de 2009.

A relação se completa com Anderson Luiz Oliveira Silva e Damião Ferreira da Silva, presos por envolvimento com o tráfico drogas. É o que apontam as investigações realizadas pela Polícia Civil.

Segundo as informações, os quatro utilizaram de alvará de soltura falso e saíram pela porta da frente. A Polícia suspeita que mais pessoas estejam envolvidos no esquema, uma vez que são necessárias mais pessoas para confirmar o documento falso. Para não levantar suspeitas, a fuga ocorreu durante a semana.

A fuga ocorrida no ano passado foi percebida semanas depois, sendo que, para disfarçar, a esposa de Augusto, Sônia Rodrigues da Silva, simulava visitas, comparecendo ao presídio para supostamente visitá-lo. Como se tratava de soltura por alvará, a direção do presídio foi conferir a documentação e descobriu que era falso.

Os policiais descobriram que Augusto não teria participado da “cota”, pois estaria sem dinheiro. “Ele (Sidnei) é quem paga, pois está sempre com dinheiro. Como fazem parte do mesmo esquema – que envolve roubou de carreta e tráfico de drogas - entraram no pacote”, observou um policial.

“Especialista em fuga”, Sidnei nunca teve problemas em sair pela porta da frente. A primeira ocorreu em Mirassol D´Oeste (300 km a Oeste de Cuiabá), em 1998, quando matou um caminhoneiro para roubar.

Anos depois, foi para um presídio em Rondônia, de onde conseguiu também fugir. Em 1.999 foi preso em Jangada (70 km ao Norte da Capital), após trocar tiros com policiais da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA).

A última prisão ocorreu em maio do ano passado, em Várzea Grande. Ele estava na cidade desde setembro de 2009, quando conseguiu fugir da prisão de Aparecida de Goiânia, onde teria pago pela fuga.

Com mais de 50 anos de condenação por diversos crimes – sendo 33 por latrocínio (roubo seguido de morte), tendo caminhoneiros como vítimas -, ele sempre conseguiu fugir de penitenciárias de forma misteriosa pela porta da frente.

Em setembro de 2003, ele conseguiu fugir da Penitenciária Regional de Mata Grande, em Rondonópolis, pelo portão da frente. Até hoje, a misteriosa fuga não está esclarecida. Desde então, Sidnei continuou comandando os roubos de carretas e combustível.

Pelos cálculos da Polícia Civil, o bando chefiado por Sidnei já roubou mais R$ 2 milhões, entre cargas e carretas, nos últimos seis anos.






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