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Cidades/Geral
Quinta - 13 de Outubro de 2011 às 18:06
Por: Márcio Rdrigues

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A curva a termo de juros futuros passou por uma inclinação no pregão de hoje, com as taxas curtas perto da estabilidade e acúmulo de prêmios nos vencimentos longos. Para operadores, esse movimento ocorre devido à percepção de que as autoridades europeias estão próximas de uma solução que minimize a crise de dívida e bancária da região, enquanto o corte de pelo menos 0,50 ponto porcentual da Selic no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) já está contratado, o que diminui o espaço para oscilações mais fortes nos DIs curtos. Prova disso é que a queda de 0,53% do IBC-Br de agosto ante julho não impôs pressão de baixa nesses vencimentos.

 

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (299.925 contratos) estava em 10,45%, de 10,46% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014, com giro de 131.860 contratos, subia a 10,74%, de 10,70%. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (26.150 contratos) avançava para 11,19%, de 11,12% no ajuste de terça-feira, e o DI janeiro de 2021 (2.925 contratos) indicava 11,21%, de 11,14% no ajuste.

Na visão do economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, o IBC-Br pode reforçar as chances de prolongamento da queda da Selic em 2012. "O resultado desse índice confirma a tendência de desaceleração dessa proxy do PIB acumulado em doze meses, de 7,78% em dezembro de 2010, para 4,88% em junho deste ano e, finalmente, para 4,0% em agosto. Considerando uma estabilidade do indicador em setembro como hipótese, o carry-over garantiria um crescimento real do PIB de 2,71% em 2011, portanto abaixo do produto potencial estimado de 4,6%. Por fim, ratifica a nossa previsão de um PIB próximo de zero e potencialmente negativo no terceiro trimestre", considerou.

Lá fora, apesar da queda das commodities e das bolsas, as notícias não foram de todo ruins. Depois de assustar o mercado na terça-feira, o Parlamento da Eslováquia aprovou hoje a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), permitindo que o fundo de resgate da zona do euro entre em operação e seja ampliado de 250 bilhões de euros para 440 bilhões. Além disso, o executivo-chefe da EFSF, Klaus Regling, disse que a Itália e a Espanha seriam capazes de se financiar sem recorrer ao programa de resgate financeiro da zona do euro, contribuindo para a recuperação do euro ante o dólar.

Entre as notícias negativas, o Credit Suisse informou que uma nova rodada de testes de estresse da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) sobre os bancos da Europa com uma exigência mínima de 9% de capital de alta qualidade vai resultar em 66 bancos reprovados, ou dois terços do total avaliado. E o Citigroup, em relatório denominado "Teste de Estresse Europeu", prevê que os bancos italianos precisarão levantar 27,7 bilhões de euros para cumprir com o mínimo de 9% de capital, enquanto as instituições espanholas precisarão de 33,4 bilhões de euros, as francesas de 34,3 bilhões de euros e os bancos alemães, de mais 30 bilhões de euros.
 






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