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Cidades/Geral
Terça - 04 de Outubro de 2011 às 08:57
Por: DAFNE SPOLTI

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Em reunião realizada ontem à noite, ficou definido que o Ministério Público Estadual irá encaminhar as propostas de locais de trabalho reservados para camelôs ao juiz José Zuquim, da Vara Especializada do Meio Ambiente. O pedido só será feito, porém, quando esses trabalhadores saírem definitivamente das ruas, obedecendo a liminar de Zuquim, concedida a pedido do MPE.

Durante audiência pública realizada sexta-feira na Câmara dos Vereadores de Cuiabá, ficou estabelecida como solução definitiva para os ambulantes a transformação do atual Mercado Municipal em shopping para os vendedores. Na reunião de ontem, o MPE solicitou que a prefeitura faça o local ser transformado dentro de um ano.

Enquanto o mercado não se torna realidade, o MPE irá solicitar ao juiz José Zuquim que os trabalhadores fiquem provisoriamente nas travessas Coronel Poupino - atrás do Ganha Tempo e uma das ruas que têm maior movimento de ambulantes -, e Avelino Siqueira (lateral da loja Tecelagem Avenida da rua 13 de Junho), além do calçadão da Antônio João (fundos da loja Marisa).

O vereador Lúdio Cabral, que participou da reunião, disse que ainda tem algumas preocupações em relação aos camelôs. Entre elas, o fato de haver cerca de 320 camelôs e constarem no cadastro da prefeitura apenas 175. Isso pode fazer, segundo ele, com que alguns trabalhadores fiquem fora, sem espaços para exercer seu trabalho. Além do MPE e do vereador Lúdio, a reunião contou com participação da prefeitura, dos vereadores Misael Galvão e Pastor Washington, além de representantes dos ambulantes.

PROTESTO - Ontem à tarde, antes da reunião, os camelôs se manifestaram para cobrar os espaços de trabalho. Saíram da praça Ipiranga até a frente da prefeitura com cartazes, apitos e gritos de “queremos trabalhar”. “Estamos aqui para o prefeito resolver esse impasse”, disse a presidente da Associação de Camelôs e Vendedores Ambulantes de Cuiabá (ASCAVAC), Aparecida Ribeiro de Oliveira.

Catarina Nery, de 54 anos, camelô há duas décadas, está indignada com o tratamento dado aos ambulantes. “Todo mundo precisa trabalhar. Ninguém está lá na rua de graça enfrentando sol, calor, chuva, e os fiscais todos os dias”. Por conta das dificuldades enfrentadas no dia-a-dia, seu filho teve de trancar a faculdade e trabalhar para receber os R$ 300 que ajudam na despesa dos dois.

No período enquanto não houver a decisão da Justiça sobre as alternativas, os camelôs precisam obedecer a liminar que determina que não fiquem nas ruas, independente da presença de fiscais, para evitar que conflitos como o ocorrido no sábado, com a detenção de pessoas pela PM, volte a acontecer.




Fonte: Do DC

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