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Terça - 08 de Outubro de 2013 às 07:36

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O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) não engoliu a debandada dos vereadores por Cuiabá Domingos Sávio e Haroldo Kuzai para o recém-criado Solidariedade. A legenda vai pleitear na Justiça os mandatos dos parlamentares.

A informação é do presidente da Executiva municipal, Clovis Cardoso, que acredita que os vereadores não agiram em consonância com a legislação.

Para o peemedebista, Domingos e Haroldo teriam que ter assinado a ata de criação do partido para poder migrar sem problemas e garantir a permanência de seus mandatos.

“Eles deveriam ter participado do processo de fundação do partido. Isso não aconteceu. Migraram depois que ele foi criado e isso não é permitido pela lei. Vamos nos reunir na quinta-feira (10) para discutir esse assunto e pedir os mandatos deles”, explica.

Outro fator que é questionado por Cardoso é o de o pedido de desfiliação ter sido protocolado pelo advogado José Antônio Rosa. “Não partiu deles”, reclama.

O presidente afirma ainda que até tentou demover a ideia de migração dos parlamentares, mas não obteve sucesso. “Nós tentamos conversar com eles para que eles permanecessem no PMDB, mas acharam por bem sair. Não havia nenhum motivo forte para isso”.

A preocupação do PMDB com a debandada se deve ao fato de a legenda ter ficado sem representatividade na Câmara de Cuiabá. Domingos e Kuzai eram os únicos parlamentares da legenda. Foram o quinto e o quarto vereadores mais votados no pleito do ano passado com 3.935 mil e 4.010 mil, respectivamente.

Ambos fazem parte da base do prefeito Mauro Mendes (PSB) na Casa de Leis e migraram para o Solidariedade na última sexta-feira (4). Além deles, o primeiro-vice-presidente da mesa diretora, Onofre Júnior, também se filiou à legenda. Ex-PSB, ele estava insatisfeito com o tratamento que recebia da sigla desde o segundo turno da eleição do ano passado.

A debandada é fruto de uma articulação promovida pelo vereador Clovito Hugueney, que deixou o PTB para se filiar à nova sigla e assumiu o comando da direção municipal.

Com as adesões, o Solidariedade passa a ser a maior bancada de vereadores da Câmara de Cuiabá, com quatro parlamentares.

Com relação ao posicionamento da sigla na Casa, Clovito afirma que não haverá imposições. Desde o início desta legislatura ele faz parte do bloco de oposição à atual administração juntamente com Onofre e mais seis vereadores. Domingos e Haroldo, entretanto, fazem parte do grupo dos 16 que dão apoio a Mendes.

“Aqui ninguém vai ser enquadrado. Eu saí do PTB por causa disso. Não seria justo fazer isso aqui. Estamos em processo de formação de um partido. Não vamos cobrar ninguém para ter um determinado posicionamento. Acredito que cada parlamentar tem que agir de acordo com sua consciência. Quando houver um negócio macro partidário, nós, com certeza, estaremos juntos”, pontua.
 






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