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Policia MT
Sábado - 18 de Junho de 2011 às 21:20
Por: Flávia Borges

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  Numa das gravações telefônicas monitoradas pelo Gaeco, o ex-secretário de Indústria e Comércio de Sorriso, Santinho Augusto Salermo, e o vereador Francisco das Chagas Abrantes discutem a forma como eram cobradas as propinas que variavam de R$ 40 mil a R$ 500 mil para que o balancete da prefeitura fosse aprovado. O deputado licenciado e atual secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, ex-prefeito de Sorriso por três mandatos, é mencionado durante o episódio da entrega de um conjunto habitacional chamado Boa Esperança.

Chagas diz que quando era vereador, votou a favor da entrega das casas. "O pessoal não pagou a colonizadora, não sei se tu lembra disso", diz ao secretário. Segundo ele, Zé Domingos teria feito um acerto com a construtora e mandou o projeto para a Câmara, para que fosse aprovado. "Votamos juntos", diz. Ele explica que, caso não fosse aprovado, o conjunto habitacional não conseguiria ser regularizado. Assim, Zé Domingos teria que pagar propina para conseguir o aval dos vereadores.

O Gaeco prendeu nesta sexta (17) os vereadores Francisco das Chagas Abrantes, Gerson Luiz Frâncio e Roseane Marques de Amorim. Também foi para a cadeia a esposa de Chagas, empresária Filomena Maria Alves do Nascimento Abrantes. Todos são acusados dos crimes de formação de quadrilha e concussão contra a prefeitura. Chagas atua também como jornalista. Ex-presidente da Câmara Municipal, ele é apresentador do Jornal Cidade Alerta, da TV Sorriso (afiliada da Record).

Segundo o Gaeco, o prefeito Clomir Bedin, O Chicão (PMDB), o secretário de Indústria e Comércio, Santinho Augusto Salermo, e o procurador do Município Zilton Mariano de Almeida, estavam sendo coagidos a pagar propina que variava de R$ 50 mil a R$ 500 mil, sob ameaça de reprovação das contas da prefeitura referentes ao exercício de 2009. Eles eram ameaçados ainda de sofrer investigação, através de CPI, a ser instaurada pela Câmara Municipal para apurar possíveis irregularidades na destinação de verbas da prefeitura à imprensa.

Segundo o Ministério Público, a quadrilha era liderada pelo então presidente da Câmara, vereador e jornalista Chagas Abrantes, que direcionava as ações e os votos dos demais integrantes do grupo. Já o vereador Gerson Frâncio seria responsável pela intermediação nas negociações entre os Poderes. O caso foi revelado durante gravações em que Gerson aparece pedindo R$ 100 mil de propina em beneficio próprio. Já a vereadora Roseane exigiu um emprego para o namorado, conserto de seu veículo e pagamento de R$ 3 mil mensais por tempo indeterminado, a título de “mensalinho”.


Clique no play
e confira a gravação telefônica 





Fonte: RDnews

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