Presidente da Frente Municipalista se reúne com Lobão para sensibilizá-lo sobre partilha do Pré- Sal

O presidente da Frente Parlamentar Mista dos Municípios e de Apoio aos Prefeitos e Vice-Prefeitos do Brasil (Fremaprev), deputado federal Júlio Campos (DEM/MT) se reúne amanhã em audiência com o ministro de Minas e Energia Edison Lobão na busca de sensibilizá-lo sobre a importância da partilha de uma das maiores riquezas do país com todos os municípios brasileiros, o Pré–sal.

“O Pré-Sal é um bem que deve projetar o Brasil à potência mundial, mas toda essa riqueza oriunda de nosso “ouro negro” estimado em R$ 1,5 trilhão, não pode constar somente em estimativas, mas, sobretudo deve ser explorado com responsabilidade, partilhado com democracia e empregado em programas sociais de forma que todos os brasileiros se beneficiem”, defendeu o democrata.

Uma triste realidade é destacada pelo parlamentar a de que o Brasil ainda tem 16,2 milhões de pessoas na linha da extrema pobreza, o equivalente a 8,5% da população. Ele defende que não podem pensar somente em projetar o Brasil internacionalmente, adquirindo o respeito de muitos países, sendo que o país ainda não aprendeu a respeitar o direito constitucional de seu povo, a cidadania.

A maioria destes 16,2 milhões de pessoas, segundo Júlio, não tem banheiro em casa, nem fossa séptica, nem acesso a água tratada e rede de esgoto, a energia elétrica, e sequer tem um poço para retirar água para beber, em meio a esses milhões, ainda existem muitas pessoas com mais de 15 anos que ainda são analfabetas.

“Que justiça social há nesta distribuição em que o povo que pisa o “ouro negro mais refinado” avaliado em média a R$ 1,5 trilhão é o mesmo povo que morre de fome?”, questiona o deputado.

Segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), com o veto presidencial que impediu a partilha dos royalties do Pré- Sal aos 5.399 municípios estima um prejuízo de R$ 5,8 bilhões a eles, e R$ 6,4 bilhões aos estados.

O deputado afirma que Reivindica a partilha por entender que esta é uma riqueza nacional, e em função do estado de miséria em que se encontram os municípios brasileiros com problemas na saúde, educação, segurança pública e muitas outras áreas.