Irmão de João Caveira alega não ter sobrinho em Cuiabá

Nove dias após a morte dos policiais civis Edson Leite, João Osni Guimarães, o “Caveira”, e do vendedor Gilson Alves de 33 anos, os familiares das vítimas apresentaram versões diferentes dos fatos, mas todos ainda aguardam o resultado das investigações para saber o que realmente aconteceu. A versão oficial aponta que o investigador em companhia do colega Maxwel confundiram Gilson com um foragido.

Nesta segunda-feira (30), a esposa de Gilson, Joseane Carlos do Santos,32, contou em detalhes durante o programa Cadeia Neles, o que viu no dia em que o marido foi atingido por 8 tiros durante um operação frustrada de policiais civis, em Várzea Grande. Joseane afirmou que o João Caveira estava no local desde o início, e que um parente dele estaria envolvido no assalto a casa dela dias antes da operação. Quando questionada sobre quem teria atirado em seu marido, ela alegou não ter certeza, mas afirmou que todos os policiais atiraram ao mesmo tempo e que não foi atingida porque caiu.

Na semana do acidente o universitário, Feliciano Obem, que estava no local, chegou a dizer que tentou salvar os policias, após a batida, e que o genro de João Caveira pagou o conserto do muro.

O outro lado: O irmão do policial João Osni Guimarães, o também policial civil Gentil Guimarães, procurou a reportagem do GD para esclarecer informações que segundo ele estão distorcidas.

Para ele a esposa do vendedor está faltando com a verdade, porque o único sobrinho que eles têm é filho de uma irmã e reside em Portugal, e o filho de João Osni, conhecido como "Caveirinha", está preso. “Ela está mentindo, não tem nada de menor que teria assaltado os dois, nós somos do estado de são Paulo e não temos sobrinho aqui. Tudo bem que ele já morreu, mas essa mulher  não está falando a verdade”.

Ele acrescentou ainda que, não sabe quem atirou no vendedor, mas que na hora do tiroteio, o irmão estava abastecendo o carro e foi até o local após receber uma ligação do policial Edson Leite, solicitando ajuda após ser baleado. “Eles (Gilson e Maxwuel), entraram em luta corporal, ele pegou a arma do Maxwuel e atirou também. O que me intriga é porque ele correu, quem não deve não teme”.

O Acidente

No dia 23 de maio 3 policiais civis teriam ido cumprir um mandado de prisão em Várzea Grande, quando Edson Leite e policial Maxwel Pereira, foram atingidos. Ao ser levado para o hospital no carro de João Caveira, que saiu do local em alta velocidade, sofreram um acidente e morreram no local. O tiroteio seguido de acidente ocorreu na Rodovia dos Imigrantes, próximo ao Posto 2006.