André Barcinski: "Contracorrente" é uma versão gay de "Dona Flor"
O peruano "Contracorrente" é uma das estreias no cinema esta semana. Dirigido por Javier Fuentes-León, o longa foi eleito melhor filme no festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual.
O drama se passa em uma pequena vila de pescadores no litoral peruano. Na trama, Mariela e Miguel estão esperando um filho, mas ele se envolve com o forasteiro Santiago.
Para André Barcinski, blogueiro e crítico de cinema da Folha, o filme carece de produção, mas não deixa de ser um drama eficiente.
"Dá para notar claramente que é um filme de baixíssimo orçamento, o diretor teve pouquíssimos recursos, mas é super bem feito, os atores são ótimos, a localização e a ambientação privilegiam, as imagens são realmente muito bonitas", avalia.
Sobre as comparações da produção peruana com "O Segredo de Brokeback Mountain" e "Ghost", Barcinski diz que ela são simplistas.
"Para mim o filme remete à semelhança ao que o Bruno Barreto fez em "Dona Flor e Seus Dois Maridos", com a diferença óbvia de que estamos falando agora de um relacionamento gay.
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