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Domingo - 15 de Setembro de 2013 às 15:17
Por: LAURA NABUCO

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Pivô do futuro das articulações às eleições de 2014, o governador Silval Barbosa (PMDB) já teria definido realmente disputar o Senado. Teria, inclusive, deixado escapar em algumas ocasiões que no próximo ano não estará mais à frente do Palácio Paiaguás. 


A decisão afeta principalmente a formação de alianças entre as legendas envolvidas no pleito. Pode, por exemplo, afastar o PR da base de sustentação do governo e interferir nos planos do PSD à disputa majoritária. 


Isso porque o deputado federal Wellington Fagundes (PR) já lançou a pré-candidatura ao cargo de senador. Ele pondera que, como as parcerias ainda não foram definidas, não poder “ter a arrogância de dizer que sou candidato de qualquer forma”. 


Ao PDT, com quem dialoga sobre um eventual apoio à candidatura ao governo do senador Pedro Taques, no entanto, o republicano teria sido mais enfático. “Ele disse que quer a vaga do Senado”, diz Zeca Viana, presidente regional da legenda pedetista. 


Wellington garante que o objetivo do PR, ao menos por enquanto, é fortalecer o partido “respeitando as legendas da base aliada”. Revela, todavia, esperar que Silval dialogue antes de uma decisão. 


“O PR tem tamanho e importância para a governabilidade. Se ele [Silval] for renunciar, vai ter que conversar com todos os partidos. O próprio Chico Daltro tem que avaliar em que condições assumiria o governo”, enfatiza. 


A referência é ao vice-governador que teria dois caminhos a seguir: passar o comando do Estado ao presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Júnior (PMDB), para tentar uma eventual candidatura ao Senado; ou assumiu o Paiaguás e buscar uma reeleição, a exemplo do que Silval fez em 2010. 


Secretário-geral do PSD, José Riva garante que estas hipóteses ainda não foram avaliadas pelo partido. Segundo ele, as primeiras articulações começarão apenas nesta semana, quando os sociais-democratas derem início a uma rodada de encontros pelo interior. 


O que as duas legendas demonstram, no entanto, é que podem se afastar do PMDB, caso a candidatura de Silval seja anunciada. Ambas já teriam, inclusive, discutido a possibilidade de rompimento. 


No PR, os rumores foram desmentidos pelo secretário-geral, deputado Emanuel Pinheiro, que admitiu, apesar disso, que a sigla não está satisfeita com o contingenciamento de verba em algumas secretarias. 


O argumento é o mesmo dentro do PSD. Lá, no entanto, o discurso pelo rompimento é mais aberto, liderado pelo deputado Walter Rabello, mas ainda mantido em “suspense” por Riva, que faz a linha da diplomacia. 


O secretário-geral social-democrata, contudo, foi quem iniciou a discussão sobre a implantação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o governo, no caso das suspeitas de que empreiteiras estejam recebendo valores maiores que os contratados. 


No final das contas, apesar disso, ainda não assinou o requerimento, que foi apresentado por Dilmar Dal Bosco (DEM). Também negou que a iniciativa tivesse o objetivo de retaliar o PMDB.





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