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Internacional
Terça - 29 de Março de 2011 às 18:50

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O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, visitará na quarta-feira a ilha de Lampedusa, na qual atualmente se encontram mais de 6 mil imigrantes que chegaram nos últimos dias do norte da África, disseram à Agência Efe fontes do Governo da Itália.

Durante sua visita, Berlusconi anunciará "medidas de indenização e compensação para os habitantes de Lampedusa", anunciou o ministro do Interior, Roberto Maroni, em uma entrevista ao "Tg5".

Atualmente o número de imigrantes presentes em Lampedusa - cerca de 6,2 mil, segundo os meios de comunicação italianos -, supera o número de habitantes da ilha, que se estima que seja de 5 mil pessoas.

A situação de aglomeração levou nesta terça-feira muitos moradores da ilha a ocupar a Prefeitura, depois que na segunda-feira bloquearam o porto para impedir a entrada de imigrantes ilegais.

O ministro do Interior confirmou que na quarta-feira chegarão a Lampedusa seis embarcações com capacidade total para 10 mil pessoas que permitirão transferir todos os imigrantes para outros pontos da Itália.

"A partir de amanhã se solucionará a situação" em Lampedusa, disse Maroni, quem acrescentou que neste ano chegaram à Itália 21.725 imigrantes.

Nos últimos dias, o Governo italiano transferiu centenas de imigrantes a outros pontos do país.

Em um destes pontos, um acampamento situado em Manduria, no sudoeste do país, se encontram atualmente 1,2 mil pessoas, depois que 827 imigrantes foram transferidos a esse centro.

Segundo a imprensa local, nos últimos dias, cerca de 150 pessoas fugiram desse acampamento.

O ministro do Interior acrescentou que a Itália não repatriará os refugiados, mas que mandará de volta para suas nações os imigrantes "ilegais".

"Temos um acordo com a Tunísia que prevê a repatriação depois que se determine a identidade da pessoa e isso é o que faremos, pois se tratam de imigrantes ilegais", disse.

Segundo Maroni, essa operação será efetuada "respeitando as direções europeias e os tratados internacionais".

O ministro do Interior mostrou-se muito crítico à ajuda prestada até o momento pela União Europeia (UE): "Dizem que é um problema da Itália e que nós temos que resolvê-lo".

Estava prevista para quarta-feira a realização de um conselho de ministros extraordinário para debater a questão da imigração na Itália, mas, por causa da visita de Berlusconi à ilha, esta reunião foi adiada para quinta-feira.





Fonte: EFE

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