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Politica MT
Segunda - 21 de Março de 2011 às 19:36

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O vereador Chagas Abrantes (PR), ex-presidente da câmara sorrisense, confirmou há instantes, ao Só Notícias, que defenderá, esta noite, na sessão da câmara, o afastamento do prefeito Chicão Bedin (PMDB), do vereador Gerson Francio (Jaburu) e as demissões dos secretários Santinho Salerno (Indústria-Comércio), Rondinelli Urias (Administração) e o procurador jurídico Zilton Almeida devido ao caso das gravações de conversas de vereadores que estão sendo investigados pelo Ministério Público. A denúncia formulada pela prefeitura é que vereadores estariam tentando obter vantagens financeiras em troca de apoio. Dois vereadores, que já se pronunciaram, apontam que a prefeitura é quem estaria oferecendo dinheiro.

"Durante a semana, se não houver afastamento, na próxima semana apresnetei requerimento formal para os afastamentos serem votados em plenário", emendou. Chagas disse que foi ao Ministério Público, semana passada, prestar esclarecimentos. "Me gravaram, quando era presidente da câmara, em conversa institucional com o secretário Santinho, tratando de obras. Também foram a emissora de tv onde trabalho e gravaram conversa com minha esposa (diretora da emissora). Não há nada contra mim. Não pedi vantagens indevidas em nenhum momento. Na minha conversa com um secretário foram oferecidas vantagens para mim e dois vereadores em troca de apoio para a prefeitura. As provas da tentativa de me corromper estão no Ministério Público", disse Chagas.

Ele disse ainda que, esta manhã, houve reunião da bancada na câmara e o vereador Gerson Francio (Jaburu) foi questionado sobre as conversas. "A versão dele é que estava investigando o prefeito e buscava provas. Precisamos apurar se isto fere o decoro parlamentar e, no momento, defendo seu afastamento", disse Chaga. Jaburu e Chagas fazem parte da bancada de oposição ao prefeito.

Chagas Abrantes disse que os pedidos de afastamento serão feitos, verbalmente, na tribuna.  "Será primeira sessão após o MP ouvir depoimento dos vereadores. A câmara também precisa investigar este caso que considero muito grave e penso que deve ser aberta uma CPI. A Ordem dos Advogados do Brasil também tem que apurar", afirmou.

Outro lado:
O prefeito Chicão Bedin fez pronunciamento, há poucos, dizendo que foi encaminhada denúncia "ao Ministério Público para que tome as providências necessárias. São fatos que vem ocorrendo há cerca de 5 meses. Não é o momento de desiquilíbrio e acusações. A denúncia foi feita e agora cabe ser feita apuração. Nós vamos aguardar a investigação", declarou. O prefeito disse que não pretendia mais se manifestar sobre o caso enquanto as investigações estão sendo feitas.

O secretário Santinho Salerno disse, ao Só Notícias, que prefere não se manifestar "porque o caso é investigado pelo Ministério Público. Vou aguardar o Poder Judiciário e que fui membro denunciante e um instrumento da justiça".

O procurador jurídico Zilton Almeida disse, ao Só Notícias, que a "denúncia foi feita pelo prefeito. O vereador Chagas seria um dos que poderiam estar sendo investigados. Se ele se afastar eu também me afasto na mesma hora. A minha participação foi do lado da vítima, de quem estava sofrendo pedido de extorsão. Eu estou do lado de quem ofereceu a denúncia", afirmou.

O secretário Rondinelli Urias disse, ao Só Notícias, que prefere "não se manifestar. Respeito o veredor. Este caso está muito polêmico. Se for a vontade do prefeito me afastar, meu cargo está a disposição. Mas não fui intimado para depor no Ministério Público", declarou.

Em instantes, mais detalhes.






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