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MT Eleições 2014
Sábado - 10 de Julho de 2010 às 09:48
Por: Flávia Borges

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Os partidos e coligações enfrentam um problema no pleito deste ano ainda maior do que o das eleições de 2006. A legislação eleitoral determinava que 30% das vagas para algum cargo eletivo deveriam ser "reservadas" às mulheres. A partir da minirreforma, aprovada no final ano passado pelo Congresso Nacional, o preenchimento da fatia dos 30% das vagas às mulheres se tornou "obrigatório". Até agora, 250 candidaturas foram registradas junto ao TRE e somente 38 mulheres, 15% do total. Destas 38 que pediram registro, 10 querem vaga na Câmara Federal e as outras 28 sonham com cadeira na Assembleia. Nenhum dos quatro candidatos a governador tem mulher como vice.

O partido que não cumprir a determinação deve ter a chapa indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral. Por isso, as siglas têm buscado todas as formas para encontrar mulheres determinadas a disputar as eleições proporcionais. Muitas entram apenas para ajudar os partidos no cumprimento da lei. O advogado Franco Querendo, especialista em direito eleitoral, disse que a tendência é da Justiça Eleitoral abrir prazo para as coligações consiguir preencher as vagas. Todas coligações batem-cabeça por falta de mulheres candidatas.

Caso a Justiça Eleitoral não venha a conceder prazo, a chapa incompleta terá registro indeferido. "Eu acredito que esse assunto ainda será muito discutido porque não é tão simples. Para que as mulheres possam disputar um cargo e atender a exigência da lei, existem alguns critérios que devem ser seguidos. Ser filiada há pelo menos um ano é um deles", enfatiza o advogado.

Em Mato Grosso, poucas são as mulheres que realmente desejam entrar na "briga" política. Elas preferem, muitas vezes, atuar nos bastidores como "pilares" de candidaturas masculinas. Algumas são batizadas de "sombra" porque, graças às articulações dos maridos, conquistam cargos eletivos. Thelma de Oliveira (PSDB) se elegeu deputada federal pelo PSDB, explorando o nome do ex-governador Dante de Oliveira (já falecido), com quem era casada. Está no segundo mandato e concorre à reeleição.

Quem também resolveu lançar candidatura à deputada federal é a médica Jaqueline Guimarães, ex-secretária de Saúde de Várzea Grande. Ela deixou o DEM, sob orientação do marido, deputado estadual Wallace Guimarães, e se filiou ao nanico PHS. Fará "dobradinha" eleitoral com Wallace, candidato à reeleição. Jaqueline precisa conquistar mais de 190 mil votos para se eleger a uma das oito cadeiras reservadas à representação mato-grossense em Brasília.

A ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá e deputada estadual de primeiro mandato Chica Nunes (DEM), mesmo envolvida em escândalos, busca novo mandato. A deputada Vilma Moreira, que era suplente e em 2008 não conseguiu se eleger vereadora por Rondonópolis, também entrou no páreo por vaga no Legislativo estadual. Entre outras mulheres com maior visibilidade eleitoral e que são candidatras estão a ex-federal Teté Bezerra (PMDB) e a ex-estadual Vera Araújo (PT).





Fonte: RD News

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