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MT Eleições 2014
Sexta - 18 de Junho de 2010 às 13:23
Por: Flávia Borges

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A senadora Serys Marly (PT) voltou a fazer duras críticas ao presidente regional do partido, deputado federal Carlos Abicalil, pré-candidato ao Senado. Para ela, a atitude do petista pode ser classificada como falta de vergonha e imprudência. Abicalil saiu vitorioso numa disputa interna com Serys durante as prévias do partido, oportunidade em que tirou dela a chance de tentar a reeleição.

"Ele ainda teve a desfaçatez de dizer que, como candidata a deputada federal, eu teria força para trazer mais um deputado para o partido. E, como ele não teria essa força, seria candidato a senador. Realmente, é uma desfaçatez sem tamanho. Não sou candidata a deputada federal de jeito nenhum, ele que responda pelo ato dele com relação à bancada do PT de Mato Grosso", disse Serys, em entrevista ao site Congresso em Foco.

A petista é a única dentre os 54 senadores brasileiros que não disputará a reeleição por determinação do próprio partido. Ela se julga vítima da ganância de Abicalil e diz que após o episódio, nunca mais conversaram. "Eu fui cassada, meu direito de me candidatar foi cassado. É lamentável puxar tapete e fazer os outros de escada para subir na vida e na política. 2010 é o Ano Internacional da Mulher na Política, declarado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), uma luta para que as mulheres das três Américas conquistem poder, seja em que instância for", afirmou.

Serys falou também sobre a possibilidade de entrar nas eleições deste ano como vice do pré-candidato à reeleição Silval Barbosa (PMDB). Segundo ela, o único problema em aceitar a proposta do peemedebista é ter que subir no palanque junto com um "traidor", numa referência a Abicalil. "Tenho convite para ser vice na chapa para governador do PMDB (Silval Barbosa), que é uma pessoa que admiro e respeito. Tenho convite de outros partidos também. Mas só tenho a possibilidade hoje do PMDB, porque há uma decisão do PT de apoiar Silval Barbosa. É muito difícil, para mim, subir no palanque ao lado de um traidor, uma pessoa que puxou meu tapete, cassou meu mandato. Hoje, sou grande vítima de um algoz, que se apoderou do partido, falou ‘agora eu é que mando, eu que decido, eu que sou, e ponto’, e que me jogou para fora. É muito complicado subir no palanque com um traidor".

A petista critica a postura da executiva nacional do partido durante a briga dos dois. "Poderia ter chamado, conversado e dado um ultimato ao deputado. Ele é um bom deputado. Teria de fazê-lo entender, apresentar pesquisa, conversar com o presidente Lula. Deveria ter conversado com lideranças. O PT tinha de tomar pé da coisa. E isso não está ocorrendo só em Mato Grosso. Deixaram acontecer no Maranhão e depois reverteram [o diretório nacional interveio para que o partido apoie a candidatura à reeleição da peemedebista Roseana Sarney]. Em Minas, era uma coisa, depois virou outra, e desvirou [o diretório regional aprovou a indicação de Fernando Pimentel ao governo, mas depois voltou atrás para apoiar o também peemedebista Hélio Costa]. A direção nacional acabou intervindo lá. Em todas as situações houve uma atuação do diretório nacional, algumas até de forma equivocada. Eu me senti lesada, porque deixaram correr. Senti que minha possibilidade de candidatura foi cassada, e com a conivência do diretório nacional".





Fonte: RD News

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