Alexandre desafia senadora a justificar apoio a Mauro

“O caminho coerente é manter as alianças de um palanque unitário e quem sugerir de forma diferente tem que justificar a proposta”, avalia o secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, Alexandre César, sobre as recentes declarações da também petista, senadora Serys Slhessarenko, quanto ao apoio ao pré-candidato ao governo Mauro Mendes (PSB).

Para o secretário deve-se avaliar um contexto geral do PT. Recentemente a Executiva Nacional anunciou coligação com o PMDB indicando inclusive o vice da pré-candidata à presidência do PT, Dilma Roussef. “Toda aliança deve ser boa a todos. Não há porque desviar, o PSB tem posições nacionais que divergem com as do PT”, avaliou.

Após as prévias realizadas pelo PT para definir o pré-candidato ao senado, disputada entre o deputado federal Carlos Abicalil e a senadora, uma crise interna foi propagada. Os petistas, que fazem parte da base aliada ao Governo do Estado, inicialmente apóiam a reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB). Após ser derrotada nas prévias Serys declarou apoio à candidatura de Mendes.

A decisão da senadora dividiu os petistas em dois grupos e a decisão sobre qual candidato o PT irá apoiar nas eleições deste ano será definida neste domingo (23). Mesmo Serys sendo uma das lideranças mais importantes Alexandre, que faz parte do grupo de Abicalil, afirma que não há o que temer. “Os delegados foram eleitos junto com as chapas do Diretório Estadual com mais de 60% dos votos”.

Em entrevista ao Olhar Direto o secretário-geral disse ainda que o grupo comandado pela senadora sugeriu que fosse mudada a data da reunião. “O grupo que tem reivindicado o apoio ao Mauro chegou a sugerir à executiva que a discussão do dia 23 fosse adiada”.