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MT Eleições 2014
Segunda - 12 de Abril de 2010 às 00:14
Por: Romilson Dourado

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O PP dos caciques políticos Pedro Henry e José Riva já decidiu por apoio ao governador Silval Barbosa na corrida à reeleição. Embora a decisão já esteja sacramentada na cúpula, as bases do partido prosseguem sob orientação de que a definição oficial só vai ocorrer no final deste mês. Os progressistas optaram pelo palanque peemedebista motivados por três situações: conveniência política, acomodação de cargos e "fatores externos".

A dois meses das convenções, os partidos começam a chegar nos entendimentos sobre alianças. Entre as principais siglas, Silval deve ter adesão do PMDB, PT, PR e PP. Mauro Mendes tem assegurado o seu PSB e aposta todas fichas no PPS e PDT. Wilson Santos avança com PSDB, DEM e PTB.

A tese de apoio a Mendes chegou a ser sustentada pelo PP até por Riva, presidente da Assembleia. Ele próprio se reuniu com Mendes por duas vezes para discutir alianças políticas. O que acabou por distanciar o deputado de Mendes foi a entrada do ex-procurador da República Pedro Taques, pré-candidato a senador, na composição com o empresário. Riva e Taques se tornaram inimigos políticos. Os embates começaram no campo jurídico. Foi Taques, enquanto membro do Ministério Público Federal com atuação em Mato Grosso, quem denunciou supostos atos de improbidade contra Riva no início dos anos 2000. Até hoje esses processos trazem dor-de-cabeça ao presidente da Assembleia, tanto que está inelegível e, se as eleições fossem hoje, não poderia disputar a reeleição.

Por causa de Taques, Riva não aceita o PP no palanque de Mendes. O ex-procurador, por sua vez, também vez essa condicionante para o pré-candidato do PSB à sucessão estadual, ou seja, de formar dobradinha majoritária, desde que progessistas como Riva e Henry não entrem no mesmo barco. Até o ano passado, os progressistas estavam afinados com o senador Jayme Campos (DEM), que jurava que seria candidato ao Paiaguás. Como o democrata recuou e fechou acordão com o tucano Wilson, membros da cúpula resistem aderir à candidatura tucana.

Desse modo, sobrou o nome de Silval, que assumiu há 11 dias o cargo de governador e ampliou a participação do PP no primeiro escalão. O partido conduz a pasta do Desenvolvimento do Turismo, com Vanice Marques, e Ciência e Tecnologia com Ilma Grisoste, embora a cúpula argumentem que essas nomeações não entraram como cota do partido. Uma senha de que o partido está fechado com Silval foi revelada por Riva, durante uma confraternização há menos de uma semana. Ambos trocaram elogios. Silval foi o único dos pré-candidatos ao governo a comparecer no evento, inclusive acompanhado de alguns secretários, e foi bastante cortejado. Na ala governista, o PP ainda tem chance de indicar um nome para vice de Silval, entre eles do ex-prefeito da Capital Rodrigues Palma.

O apoio do PP representa peso fundamental para uma candidatura majoritária porque seus líderes, como Henry e Riva, são exímios articuladores políticos e são capazes de atrair dezenas de prefeitos e vereadores para o mesmo bloco. Ademais, trata-se de um partido que comanda hoje 20 prefeituras de municípios que, juntos, somam 215 mil eleiores. Tem ainda 19 vice-prefeitos, 199 vereadores, 4 deputados estaduais e 2 federais.





Fonte: RD News

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