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MT Eleições 2014
Quinta - 08 de Abril de 2010 às 15:29
Por: Romilson Dourado

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As pré-candidaturas a governador se afunilaram aos nomes de Wilson Santos (PSDB), Silval Barbosa (PMDB) e Mauro Mendes (PSB) e, a dois meses das convenções e a cinco das eleições gerais, não é possível apontar nem mesmo quem reune mais chance de ir para o segundo turno. Diferente das campanhas anteriores, as pesquisas de intenção de voto não revelam nenhum dos três com ampla vantagem.

Wilson, que renunciou ao mandato de prefeito da Capital para entrar na corrida ao Palácio Paiaguás, aparecia como o nome mais preferido até o ano passado. Ele vem se mantendo na liderança, mas se mostra incomodado com o crescimento dos concorrentes Silval e Mendes. O peemedebista assumiu a cadeira de governador no último dia 31 e, antes mesmo de substituir de vez Blairo Maggi no comando do Estado, já havia saído da condição de "lanterna" para brigar pela primeira colocação.

Candidato derrotado a prefeito de Cuiabá em 2008, inclusive no segundo turno contra Wilson, Mendes corre por fora e tem surpreendido até mesmo os menos otimistas com sua inserção no processo eleitoral. Mauro Mendes se afastou da presidência da Federação das Indústrias do Estado e se mostrou despreendido quando deixou o PR do ex-governador Maggi e migrou para o pequeno PSB, determinado a construir o que se convencionou chamar de terceira via. Foi impulsionado pelos dirigentes do PPS e PDT, deputados Percival Muniz e Otaviano Pivetta. Ambos sustentam a tese de que as duas legendas vão estar com Mendes, mas o clima nos partidos é de racha. Pode haver, inclusive, intervenção nacional.

Pela primeira vez o eleitorado mato-grossense deve votar duas vezes para escolher governador. Até hoje o pleito se definiu no primeiro turno. Foi assim, por exemplo, com Júlio Campos, Carlos Bezerra, Jayme Campos, Dante de Oliveira e Blairo Maggi. Os dois últimos foram reeleitos.

Em 1994, Osvaldo Sobrinho foi candidato a governador pelo PTB e contava com apoio do então governador Jayme Campos (antigo PFL). Na fase de pré-campanha, figurava como favorito e tinha a força da máquina estadual. Dante, então no PDT, foi marcando posição até "engolir" os adversários. Conclusão: se elegeu governador com 471.104 votos, enquanto o petebista ficou com 167.072 e, Ivanildo Francisco (PSD), com 22.850 votos.

No pleito de 98, Dante, já no PSDB, enfrentava forte desgaste popular e nem trabalhava projeto à reeleição, haja vista que a legislação não permitia disputa consecutiva para o segundo mandato no Executivo. Numa manobra do governo FHC e com apoio do velho PFL, foi aprovado o instituto da reeleição. O tucanato, então, jogava Dante no páreo. Na época, Júlio Campos (PFL) registrava mais de 60% das intenções de voto. Muitos já chamaram-no de "governador". Com o peso da máquina, Dante reconquista o mandato com 472.409 votos. Júlio amargou o segundo lugar, com 332.023. O petista Carlos Abicalil ficou em terceiro, com 64.619, seguido de Emanoel Noaves (Prona), com 3.904 e, por fim, Jaques de Carvalho (PRTB), com 2.753.

Em 2002, Dante, com a popularidade em alta, lança Antero de Barros à sucessão estadual, após uma série de divergências internas, inclusive com o então prefeito cuiabano Roberto França, que resolve romper com o grupo. Antero liderava as pesquisas. O tucanato achava que garantiria mais quatro anos de poder. Eis que três meses antes das eleições surge o empresário Blairo Maggi. Pelo PPS, Maggi leva a eleição no primeiro turno. Chegou a 619.655 votos. Deixou para trás Antero (360.296), o petista Alexandre Cesar (227.598), Sebastião Moreira, o Matrinxã (PSB), com 14.287 votos) e Joenete Carlos Pereira, o Linguiça (PGT), com 715 votos.

Nas eleições de 2006, Maggi garante novo mandato, também no primeiro turno, aplicando nova derrota a Antero. Numa disputa com sete candidatos, o então socialista e hoje republicano obteve 922.765 votos. Antero ficou com 279.873. A senadora Serys Marly Slhessarenko (PT) conquistou 159.686, enquanto Mauro Lara de Barros (Psol) conseguiu 31.336; Bento Porto (PSC), 11.091; Josmar Alderete (PSDC), 2.624; Paulo Vieira (PRP), 2.007 e, Roberto Pereira (PHS), 1.779.

Agora, os eleitores começam a viver o clima de novo confronto pelo Paiaguás. Quem for o vencedor conduzirá um orçamento anual de aproximadamente R$ 9 bilhões numa máquina com 23 secretarias, diversos órgãos, empresas e autarquias vinculados e quase 100 mil servidores.

Wilson incorpora o discurso de oposição aos governos Maggi e Silval. Ele conseguiu "amarrar" apoio do PSDB, do PTB e do DEM. Mendes, por enquanto, só tem garantia do seu próprio PSB, já que PPS e PDT, que anunciaram adesão a seu nome vivem uma "guerra" interna sobre quem apoiar. Silval tem respaldo do PMDB, PR e PT e também sonha com partidos que continuam no muro, como o PP dos deputados José Riva e Pedro Henry. As articulações pela ampliação do arco de alianças são intensas porque, em meio a um cenário confuso, complexo e sem um franco favorito, quem reunir mais mais lideranças e aliados, embora alguns estejam "queimados politicamente", tem chance de largar na frente.





Fonte: RD News

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