Artigos Opinião
O Chutar O Pau da Barraca
O Brasil já tem um novo presidente. Trata-se da primeira mulher a presidir o país. Lula da Silva vê a si próprio como “rei morto”. Embora não negaria dar “um conselho” a eleita, “se procurado”, e a sucessora, por sua vez, confessou “bater-lhe a porta” quantas vezes forem preciso. Estão, portanto, combinados: um chama e o outro atende. Pelo menos até o momento em que a presidenta achar de “chutar o pau da barraca”. Possibilidade nada remota. Filme antigo, que a oposição torce para vê-lo novamente em cartaz.
Preservar e prosperar
Enquanto o mundo todo se volta para a preservação da água e começa a discutir o futuro do planeta dentro de uma visão sustentável da existência humana na terra, o Brasil e Minas Gerais parecem ignorar essa tendência, acreditando ser possível a vida sem água. Chega a ser constrangedor analisar o fato de que estamos trocando a criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela - com suas mil nascentes identificadas, que abastecem cerca de 45% da Região Metropolitana de Belo Horizonte e de 60% da capital – pela implantação do Projeto Apolo, que pretende minerar na área delimitada pelo parque.
Vai que é sua Guerrilheira!
“Nunca na história deste país” um candidato a Presidência da República foi massacrado, triturado, esfarinhado de todas as maneiras possíveis, com panfletos na TV e principalmente pela internet.
A pressão dos abutres
O “escambo” que partidos e lideranças políticas estão tentando impor ao futuro governo é, no mínimo, lamentável. Fere aos princípios de honestidade e respeito que deveriam presidir as relações entre representantes do povo que, agindo por delegação popular, deveriam ser mais éticos e buscar a certeza de que agem de acordo com o pensamento dos donos dos votos que os elegeram. O verdadeiro mercado-de-pulgas em que esses vorazes senhores e senhoras transformam o processo de montagem da nova equipe de governo, só serve para aumentar a falta de apreço que o povo tem em relação à classe política.
Meu amigo Clóvis Roberto
O jornalista Clóvis Roberto é um desses amigos que ficam sempre ali na espreita e que a gente pensa que nunca vai embora. Vinicius de Moraes, em seu famoso poema sobre “Amigos”, falava deles, desses “amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles”.
Homem ou mulher, o que importa?
A eleição da primeira mulher para o governo do nosso país, gera uma reflexão que muito antes já tive o ímpeto de fazer, quando Golda Meyr assumiu o governo em Israel, Margaret Thatcher, no Reino Unido, Michele Bachelet foi eleita no Chile e Cristina Kirchner na Argentina. Isso para não reconhecer que a idéia já era arraigada muito antes, talvez desde Evita Perón, na Argentina dos anos 50. A “luta” entre os gêneros nunca pareceu razoável. Homem e mulher têm suas diferenças físiológicas, mas um não se deve subordinar ao outro, pois são complementares. O machismo e o feminismo são verdadeiras idiotices. Seria abominável uma sociedade de “machos” ou de “fêmeas”. O “bão” é metade de cada um, como diz o “mineirin” da piada que conhecemos desde os tempos de criança.
2 de Novembro, dia de Reflexão
Dois de novembro, para a maioria dos brasileiros, é o dia oficial de finados. Um dia de saudades e tristeza pela morte de algum ente querido, mas também um dia de reflexão e valorização da vida.
Lula, O Grande Vitorioso
Enfim, uma mulher governará o país. Resultado já esperado. Não existe aqui surpresa alguma. O poder de sedução eleitoral do presidente Lula falou mais alto. Sobretudo diante de uma oposição acanhada e sem trazer na bagagem projeto alternativo de governo. Aliás, neste particular, igualaram-se petistas e tucanos. Pesaram, portanto, os desacertos da campanha peessedebista e a força política do ex-metalúrgico.
Quem faz pelo livro
O livro ainda é bem de luxo e se lê muito pouco no Brasil. Para contrapesar este diagnóstico que persiste ao longo das décadas e denigre nossos reais dados da educação, governos e instituições não-governamentais têm proposto formas de acesso ao livro e incentivo à leitura.
Brasil... O dia seguinte
Em 510 anos de existência, pela primeira vez, o Brasil elege uma mulher para a chefia do governo. Novidade tão grande quanto a de oito anos atrás, quando foi eleito o primeiro trabalhador. São eventos merecedores de registro porque podem representar a oxigenação da sociedade e a possibilidade de novos caminhos para a vida político-administrativa nacional. O ano de 2010 foi atípico. Teve a Copa do Mundo e, logo em seguida, o período eleitoral, que transcorreu com pendências judiciais e momentos de tensão, mas chegou ao fim com avanços como a realização de eleições tranqüilas e, principalmente, a validação do instituto da Ficha Limpa, que retira os condenados do cenário eleitoral.