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Terça - 16 de Maio de 2017 às 10:01
Por: Pablo Rodrigo/Diário de Cuiabá

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O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Mauro Curvo, encaminhou novamente a denúncia de grampos clandestinos no âmbito da Polícia Militar à Procuradoria Geral da República (PGR) por conta de fatos novos relatados pelo promotor de justiça Mauro Zaque, após prestar depoimento no Ministério Público Estadual (MPE). Curvo confirma que existem pessoas com foro privilegiado envolvidas no grampo denunciado por Zaque. "A PGR encaminhou o processo para o Ministério Público Estadual, e nós decidimos fazer uma oitiva como promotor Mauro Zaque. E na representação que ele tinha feito na PGR, ele não tinha falado tudo. Mas no depoimento ele falou tudo. Relatou tudo o que sabia e o que fez. E em razão da fala dele, encaminhamos o processo novamente para a PGR porque existem pessoas com foro", disse Mauro Curvo.

O chefe do Ministério Público de Mato Grosso explicou também, que, caso a investigação continue, o processo poderá ser desmembrado, se o MPF entender. "Existem pessoas com foro e sem foro. Então quem tem que decidir se vai desmembrar e encaminhar para cá, a parte das pessoas sem foro, é o MPF. Eles podem entender que a investigação ficará tudo por lá ou até entender que não existe fundamento a denúncia e mandar de volta".

Mauro Curvo também comentou a denúncia do governador Taques, de que Mauro Zaque tentou interferir na escolha do novo procurador-geral de Justiça. “Se isso for verdade, seria lamentável”. Porque seria uma conduta que visa afastar a vontade dos membros da instituição que explicitaram através do voto a quem eles entenderam quem era a pessoa mais adequada para ser procurador geral. Se isso realmente aconteceu ficaria muito ruim, interferir na escolha da lista tríplice do MP", disse com cautela e lembrando que não tem nenhum problema com Mauro Zaque. "O Mauro Zaque é meu amigo, não tenho nenhum problema com ele. Pode ter sido até um mal entendido", complementa.

Sobre a representação que o governador Pedro Taques (PSDB) prometeu ingressar a procuradoria-geral de Justiça (PGJ) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Curvo disse que ainda não sabe se já está protocolada a representação. "Não tenho conhecimento de que essa representação chegou. Não estou em Cuiabá. Mas chegando nós vamos ter conhecimento do teor dessa representação", disse.

A denúncia tinha sido encaminhada a PGR por Mauro Zaque em janeiro deste ano. A PGR decidiu devolver o processo ao Ministério Público Estadual por achar que não teria elementos suficientes para ser tratado no âmbito federal. Porém, em razão do depoimento de Zaque ao Gaeco, o MPE decidiu encaminhar novamente à PGR por entender que novos elementos e a participação de pessoas com foro, deveriam ser tratados no MPF.

O procedimento investigatório foi aberto na PGR e está em segredo de justiça.





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