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Opinião
Quarta - 01 de Dezembro de 2021 às 09:14
Por: JULIANO RAFAEL TEIXEIRA

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Em Agosto do corrente ano escrevi um texto com título similar, denominado: “Nem Lula, Nem Bolsonaro”, o qual refletia acerca da pesquisa XP/Ipespe, tal pesquisa demonstrava a diminuição latente no apoio ao Presidente Jair Bolsonaro.

No mesmo texto fiz a reflexão que mesmo Mato Grosso sendo um dos “bastiões” do eleitorado bolsonarista, havia sim a diminuição sensível do apoio ao Bolsonarismo.

A percepção seguia o tom de crítica do político ainda influente Blairo Maggi, ensaiando críticas enquanto a atuação política da Aprosoja. Agora há mais liberdade para criticar Jair Bolsonaro, o Senador Carlos Fávaro(PSD), no dia 27/11/2021 trouxe Gilberto Kassab(PSD) Cacique Político, o qual está “lançando” o nome do Senador Rodrigo Pacheco(PSD-MG) como pré-candidato a Presidência da República, movimento outrora impensado em razão da fúria dos apoiadores de Jair Bolsonaro.

Há que ponderar que Carlos Fávaro vem aumentando o tom de críticas a atuação de Jair Bolsonaro e pretensa escolha de qual candidato apoiar nas eleições de 2022, notadamente ao Senado Federal.

Refletindo o Governador do Estado, Senhor Mauro Mender(DEM/UB) recebeu sem maiores escusas os candidatos do PSDB à Presidência, respectivamente João Dória(PSDB/SP) e Eduardo Leite(PSDB/RS), bem como em momento outrora, Luiz Henrique Mandetta(DEM/UB-MS), todos atores políticos críticos ao Presidente Jair Bolsonaro, em maior ou menor intensidade.

Pesquisa da Genial/Quaest realizada pela Folha de São Paulo, demonstra que Mato Grosso é o Estado com menor avaliação negativa ao Governo Bolsonaro, apesar disso é preciso lembrar que a mesma avaliação trouxe que 40%(quarenta por cento) considera o Governo Bolsonaro ruim e apenas 22%(vinte e dois por cento) o consideram “Bom” e o restante do público “Regular”.

Ainda que seja uma fortaleza “bolsonarista”, as defesas as “narrativas de Bolsonaro” começam a ruir a largos passos e em uma rapidez tal qual foi erigida nas eleições de 2018, o qual sagrou Bolsonaro com impressionantes 60,04%(sessenta vírgula zero quatro por cento) das intenções dos votos.

O momento político atual não tem políticos que aproveitem o “Zeitgeist”(“Espírito do Tempo”), a filiação do ex-Juiz Sérgio Moro ao Podemos, deveria estruturar em torno de sua estrutura estadual o apoio de candidatos, mas o Podemos/MT está desestruturado com o anuncio da saída de José Medeiros(Deputado Federal), esperada e com o ainda apoio de pretensos candidatos Bolsonaristas, como Abilío Brunini, candidato derrotado na disputa a Prefeitura de Cuiabá e com expressiva votação.

Há ainda um vácuo nos Deputados Estaduais do espectro de Direita, Delegado Claudinei, Gilberto Cattani e Elizeu Nascimento anunciando que irão seguir o “capitão”, restando dúvida apenas em Ulysses Morais.

Após o início da pontuação de Moro como pretenso candidato a Presidência da República, trouxe em sua primeira pesquisa o número de 11%(onze por cento) das intenções de votos, com transposição da “barreira” de dois dígitos, não há(ainda) a titularidade de tal movimento em nenhum grupo político de Mato Grosso.

Há limite para que Mauro Mendes busque “surfar” em tal “onda morista” pois a construção da dita “terceira via” iniciou-se com a crítica ferrenha ao Governo Jair Bolsonaro e a repulsa concomitante ao projeto político do PT, não encontrado “ancora” na impávida postura de Mauro Mendes nacionalmente.

No mesmo sentido o Grupo Político de Blairo Maggi, incluo o Deputado Federal Neri Geller(PP/MT), o Senador Carlos Fávaro(PSD/MT) não tem o condão de “colarem” na imagem de Moro, ao menos não de maneira convincente, pelos mesmos motivos esboçados a Mauro Mendes.

Em nova pesquisa do instituto Atlas publicada no dia 29/11/2021 trouxe pela primeira vez a avaliação do Governo Bolsonaro abaixo de 20%(vinte por cento), pela primeira vez! Demonstrando mais um sinal da ruína que avizinha-se e deve certamente refletir no número de apoiadores de Bolsonaro em Mato Grosso.

Há grupos políticos que estão demorando para galgar esses eleitores “moristas”, tal como o novo grupo de ativistas políticos do MBL/MT com sua nova coordenação, devem percorrer uma longa “avenida” para buscarem apoio ao seu projeto político de alicerçar-se em Mato Grosso. O Partido Novo-MT, seria também o natural “ganhador” de tais adeptos, mas precisa igualmente movimentar-se de maneira mais ostensiva, bem como mobilizar seus apoiadores e galgar novos filiados em reuniões com mais frequência e intensidade.

Lembrando que aos apoiadores de Sérgio Moro, não podem demonstrar as mesmas “táticas”(digamos assim) que ficou conhecida a militância Bolsonaritas, pois caso contrário será apenas uma segunda via de um mesmo projeto de poder e não uma terceira via legítima e aos atores políticos de Mato Grosso que deveriam olhar com mais atenção aos sinais da ascensão de Moro em Mato Grosso.

Juliano Rafael Teixeira Enamoto é servidor público.



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