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Ciência/Pesquisa
Quarta - 26 de Janeiro de 2011 às 17:20

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Um estudo internacional --desenvolvido na escola de Medicina do Hospital Mount Sinai de Nova York-- demonstrou em cobaias animais que a proteína IGF-2 é fundamental nos processos de consolidação da memória e prevenção do esquecimento.

Uma das responsáveis desta pesquisa publicada na revista "Nature", Ana García-Osta, do Centro de Pesquisa Médica Aplicada (CIMA) da Universidade de Navarra, explicou nesta quarta-feira à agência de notícias Efe que até agora se desconhecia a relação direta entre a proteína e os processos da memória.

De acordo com ela, se tinha conhecimento de sua existência e de que, apesar de seus baixos níveis de concentração no hipocampo cerebral, poderia ter um papel na sobrevivência neuronal.

Os ratos que no experimento tiveram a manifestação do gene que codifica a proteína IGF-2 bloqueada não puderam armazenar novas lembranças, enquanto aqueles que receberam a molécula não esqueceram o aprendido.

A IGF-2 são as iniciais em inglês do fator de crescimento com estrutura similar à insulina tipo 2.

O estudo comprovou que é crucial o momento em que é fornecido a proteína, pois deve coincidir com a fase na qual são produzidos os mecanismos moleculares relacionados com a fixação das lembranças.

Ou seja, a incorporação da molécula no hipocampo tem que ser produzida em um prazo de tempo próximo ao período de aprendizagem.

Outra das conclusões é que os roedores continuam se lembrando dos novos conhecimentos adquiridos até três semanas depois de ter recebido a citada proteína, algo não observado nos animais que recebem um placebo.

A investigadora espanhola lembrou que são várias as proteínas associadas à memória e que funcionam na forma de cascata na hora de desencadear os processos necessários para que uma memória a curto prazo se consolide; o IGF-2 é uma das identificadas até o momento.

Após os promissórios resultados do estudo, esta molécula desponta como "alvo" para novos tratamentos que melhorem a função cognitiva e os especialistas já fazem testes com animais que sofrem de Alzheimer.





Fonte: Efe

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