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Cidades/Geral
Quarta - 26 de Janeiro de 2011 às 15:47

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O governo do estado começou a fazer um levantamento de quantos servidores estão afastados de suas funções com base nos atestados emitidos pelo doutor Ubiratan de Magalhães Barbalho. Uma junta médica também foi designada para reavaliar os servidores afastados.

A Secretaria de Administração Pública (SAD) divulgou o número geral de servidores afastados por algum problema. A secretaria ainda  está levantando quantos desses laudos foram emitidos pelo doutor Ubiratan.

A lista divulgada pela SAD, mostra que atualmente 2.202 servidores estão afastados por algum tipo de doença. Hoje, 108 servidores da Polícia Civil estão afastados, da Polícia Militar são 282 pessoas paradas e a secretaria com mais casos de afastamento é a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), com 1.216 servidores afastados com algum tipo de doença. Esse número representa mais da metade de toda a lista.

O secretário adjunto de recursos humanos da Seduc, Paulo Henrique Oliveira afirmou que já entraram em contato com a SAD pedindo o nome de todos os servidores do órgão que foram periciados pelo médico. “Assim que tivemos informações de que algum servidor nosso utilizou inadequadamente, abriremos processo administrativo imediatamente contra ele” afirmou Paulo Henrique.

Um levantamento feito pela Corregedoria da Polícia Militar aponta que 35 dos 93 atestados por problemas psicológicos emitidos pelo psiquiatra, trancaram processos de demissão que estavam em andamento. Entre os 35, está o caso do soldado Marcos Alberto Monteiro e do cabo Paulo Cândido de souza que foram flagrados cobrando propina de um caminhoneiro no trevo de acesso a Santo Antônio de Leverger, no ano passado.

Outro caso onde o processo também atrasou por causa de um atestado do doutor Ubiratan foi do policial Rodolfo Santa, o Conan. Ele matou um homem e simulou uma emboscada para fugir da prisão. O crime aconteceu em 2006, e o processo só voltou a tramitar na justiça militar em 2009 por causa da sucessão de atestados assinados pelo médico.

“O que chamou a atenção da PM foi que cada vez que um atestado perdia a validade, ele vinha com outro assinado pelo dr Ubiratan”,  revela o Major Alessandro Gonçalves, da corregedoria da Polícia Militar. Ele ainda falou como os laudos implicavam na demora dos processos de demissão. “Hoje, um processo de demissão dura 40 dias e é prorrogável por mais 20. Esse caso está completando quase quatro anos” diz o major.

O promotor de justiça Gustavo Dantas Ferraz informou que o Ministério Público Estadual enviou oficios aos órgãos públicos alertando os fatos e que sejam verificadas todas as licenças em andamento com base nesses atestados. Caso seja contatada falsidade, que seja apurada a responsabilidade dos servidores. O Ministério Público deu um prazo de dez dias para que todas as secretarias informem quais providencias foram tomadas.





Fonte: TVCA

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