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Politica Brasil
Quarta - 26 de Janeiro de 2011 às 15:40

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O partido irlandês governante Fianna Fáil (FF) elegeu nesta quarta-feira em uma votação secreta o ex-ministro de Assuntos Exteriores Michaél Martin como novo líder, depois que o primeiro-ministro, Brian Cowen, deixou o cargo no sábado passado.

Martin se transforma no oitavo dirigente da história do FF e liderará a formação nas próximas eleições gerais, previstas para finais de fevereiro. Cowen permanecerá à frente do Executivo de Dublin até lá.

O novo líder derrotou na votação o ministro das Finanças, Brian Lenihan, e os titulares de Turismo, Cultura e Esporte e de Proteção Social, Mary Hanafin e Éamon Ó Cuív, respectivamente.

Martin enfrenta a tarefa de reconstruir um partido que governou durante 20 dos últimos 23 anos e durante longos períodos do século passado, mas que é apontado nas pesquisas em uma decadência eleitoral devido ao papel desempenhado na profunda crise econômica que atravessa o país.

Recentemente, Martin mostrou oposição a Cowen, a quem tentou tirar do posto em uma moção de confiança apresentada pelo próprio primeiro-ministro no dia 18 de janeiro a seu grupo parlamentar.

Após a vitória do primeiro-ministro, Martin saiu do Executivo e, dois dias depois, foi acompanhado por outros cinco ministros correligionários, em uma saída coletiva que a oposição interpretou como uma manobra para tentar limpar a imagem do Governo e do FF.

Ao contrário do ex-titular de Exteriores, esses ministros não concorrerão às eleições.

A jogada foi ruim para Cowen porque não pôde substituí-los por caras novas, mas atribuiu essas pastas a outros ministros do gabinete, gesto que provocou no domingo passado a saída do Partido Verde, membro minoritário do FF, do Governo de coalizão.

Após dias de complicadas decisões políticas, Martin foi o único candidato cuja credibilidade saiu reforçada, apesar de ter servido como ministro em diferentes pastas desde que o FF retomou o poder há quase 15 anos.

Nascido no dia 1º de agosto de 1960, Martin, formado em História, dirigiu os departamentos de Educação e Ciência (1997-2000), Saúde e Infância (2000-2004), Empresa, Comércio e Emprego (2004-2008) e Assuntos Exteriores (2008-2011).

Entre suas conquistas, se destaca a introdução em 2004 da lei antitabaco, o que transformou a Irlanda no primeiro país da mundo a proibir cigarros em espaços públicos.

CRISE POLÍTICA

O governo e a oposição da Irlanda decidiram antecipar para o final de fevereiro as próximas eleições gerais no país --antes marcadas para o dia 11 de março--, assim que o Parlamento aprovar a nova Lei de Finanças.

O acordo ocorre como uma tentativa de governistas e opositores encerrarem a crise política que afeta o país.

Segundo o ministro das Finanças irlandês, Brian Lenihan, entre esta terça-feira e a próxima quinta-feira (27), o Dáil, câmara baixa do Parlamento, irá se dedicar exclusivamente a debater a legislação sobre finanças, que dá sinal verde ao Orçamento Geral para 2011, o mais austero na história do país.

A nova lei também dá cobertura legal ao conjunto de medidas previstas ao processo de reestruturação da economia nacional durante os próximos quatro anos, como estabelecem as condições de resgate financeiro da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Irlanda.






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