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Terça - 25 de Janeiro de 2011 às 07:45

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O deputado federal eleito pelo DEM, Júlio Campos, disse que nunca se beneficiou com o salário de ex-governador depois que deixou o Palácio Paiaguás em 1987. O parlamentar, em entrevista ao Diário, revelou que quando soube que receberia a pensão resolveu criar uma instituição voltada para atender a comunidade mato-grossense.

A Fundação Júlio Campos foi criada em 11/12/1986, e inaugurada no ano seguinte, na véspera do aniversário de Várzea Grande, em 14/05/1987. Treze dias depois, Júlio Campos compareceu no cartório do 3º ofício, Pedro Maciel, onde registrou em caráter irretratável e irreversível a doação do salário para a conta da Fundação.

Mais de 20 anos depois de deixar o comando do Executivo estadual, a pensão vitalícia, segundo Júlio, serviu tão-somente para custear os cursos que são bancados pela Fundação. “Lá, nós temos aulas de piano, balé, culinária mato-grossense, artes marciais, teatro e pintura”, destacou.

A Fundação, que fica localizada na Avenida Couto Magalhães, centro de Várzea Grande, era residência dos pais de Júlio Campos. A casa foi doada para que a instituição pudesse ser criada. O deputado, na época governador, disse ainda que todos os presentes que ele e a professora Isabel Campos, primeira-dama, receberam foram doados.

Mas o deputado federal contesta a forma como o benefício vem sendo concedido. “Eu acho que só merece a pensão vitalícia a pessoa que foi eleita governador, e que cumpriu pelo menos dois terços do mandato”, comentou. Júlio Campos acredita que o erro está na lei, não em quem está sendo beneficiado por ela.

A polêmica surgiu porque políticos que ficaram pouco tempo no Palácio Paiaguás passaram a ter privilégio do benefício. Mas para o deputado esta situação pode chegar ao fim. Júlio vê indícios de que podem ocorrer possíveis mudanças na concessão desta pensão para quem exerceu por pouco período a função de governador. “Eu acredito muito que possa ocorrer uma reviravolta. No meu caso, é diferente porque estou amparado pelas constituições Estadual e Federal”, justificou.






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