Famílias são expulsas de terras por pistoleiros e buscam ajuda de Silval
Cerca de 200 famílias do assentamento Monte Carmelo foram expulsos de suas casas por pistoleiros, com apoio de policiais, nessa terça-feira (19). O líder da comunidade, Gilmar de Oliveira, informou que os moradores não tiveram tempo sequer de retirar seus bens das casas, construídas há quase dois anos. O assunto deverá ser acompanhado pelo governador Silval Barbosa (PMDB) que repreende a "pistolagem" e promete ajuda.
Oliveira destaca que por diversas vezes buscou auxilio da polícia, porém nunca era atendido, mas ontem os policiais acompanharam supostos pistoleiros no local para realizar o despejo das famílias, que estão acampadas às margens da estrada com crianças e contando com apoio de outros moradores da região para poder comer.
O líder explicou ainda que o despejo ocorreu sem uma ordem judicial e alegou que o documento apresentado pelos “capangas” do suposto dono, Orlando Cerci, representado por Benedito Mariano dos Santos e Dorvalino Alves Rodrigues, não é oficial. Revoltados com a situação, cerca de 30 pessoas foram até o Palácio Paiaguás buscar ajuda com o governador Silval Barbosa (PMDB).
Questionado sobre o assunto, o chefe do Executivo informou que não aceitará este tipo de crime e mandou seu ajudante de ordem, tenente-coronel Ildomar Macedo, tomar providências sobre o assunto.
“No nosso estado não vou permitir pistolagem e se essas famílias estiverem com dificuldades vou mandar uma equipe averiguar para oferecer ajuda”, afirmou Silval, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (19), em seu gabinete.
O assentamento é localizado no quilômetro 12 da região do Coxipó do Ouro, em Cuiabá e as famílias estão no local desde agosto de 2009 e até então ninguém havia se apresentado como dono do terreno de 1400 hectares. Porém, nos últimos três meses, os moradores começaram a sofrer represália de capangas do suposto dono das terras.
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