Aécio Neves diz que "há margem de aumento" para mínimo

A duas semanas de assumir o mandato como senador, Aécio Neves (PSDB-MG) diz que há margem para aumento do salário mínimo e defende a aliança entre partidos de oposição e governo federal "em torno de temas que são importantes pro país".

Após voltar de um período de férias, o ex-governador de Minas começa a dar forma a seu projeto político em plano nacional. O tucano chega a Brasília na próxima semana um discurso de convivência "republicana" com o governo federal.

Aécio falou com jornalistas em Belo Horizonte após se reunir com Antonio Anastasia (PSDB), atual governador de Minas e seu afilhado político. Eles falaram sobre as chuvas que atingiram o Estado e sobre o início da nova administração do Estado.

O tucano acredita que há espaço para negociação na questão do salário mínimo, agora projetado em R$ 545 pelo governo federal. "O governo, sempre que manda uma proposta de salário mínimo, mantém sempre uma margem de discussão política, uma margem de aumento", disse.

"Não cabe a mim, agora, dizer se é possível chegar em R$ 580 ou não. Mas é preciso que o governo tenha justificativas claras, técnicas e orçamentárias. Que diga até onde pode ir. Para que possamos contra-argumentar essas justificativas", falou.

Já sobre a oposição a Dilma Rousseff, disse que vai trabalhar para que os partidos como PSDB e DEM façam alianças com setores do governo quando necessário.

"Por exemplo, em relação à questão municipalista. A garantia do valor real do Fundo de Participação dos Municípios, que vem sendo muitas vezes aviltado, retirado pelo governo", avaliou.

Aécio disse que vai se empenhar na construção dessa agenda. "E quando isso não for possível, vamos obviamente para o embate político e até mesmo nos votos."