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Politica MT
Sexta - 14 de Janeiro de 2011 às 10:14
Por: Romilson Dourado

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O governador Silval Barbosa deu várias atribuições a seu vice Chico Daltro. Foi uma saída para evitar manter azeda a relação política entre ambos e, ao tempo, empurrar ocupação para o aliado do PP, que não estava deixando em paz o chefe do Executivo estadual. Primeiro, Daltro queria, de todas as formas, reassumir a secretaria de Ciência e Tecnologia. Foi uma briga de duas semanas, levando o Palácio Paiaguás a postergar a definição do novo secretariado.

Por fim, mesmo sob protesto do vice, o governador amarrou com o PP, uma das siglas aliadas, para indicação ao cargo do deputado federal Eliene Lima.

Daltro continuou a investida. Estava numa marcação insistente no governador. Queria participar de todas as reuniões. Silval já demonstrava irritação, incômodo e, ao mesmo tempo, preocupação com o comportamento de Daltro. Decidiu, então, empurrar para o progressista o trabalho de coordenar a Agência de Regulação dos Serviços Delegados do Estado (Ager), principalmente os processos licitatórios das linhas intermunicipais. Daltro vai ajudar a conduzir também a Defesa Civil, o MT Fomento e o Cepromat. Os presidentes desses órgãos devem se dirigir mais a ele do que ao governador. Assim, Daltro entra com poder paralelo.

O vice-governador, que se identifica como bom articulador político, está determinado a buscar recursos federais e novos convênios para ajudar a desenvolver esses setores. Com tantas atribuições, Daltro deve se "desgrudar" mais de Silval.

Na campanha, o ex-deputado que foi secretário de Agricultura do governo Dante de Oliveira e também de Ciência e Tecnologia da gestão Blairo Maggi, ajudou na coordenação-geral. Ocorreram alguns conflitos na reta final, levando-o a deixar a função. Com a reeleição garantida, Silval passou a receber uma série de pleitos de Daltro, que se mostrava ávido por mais espaço na máquina estatal. Para ele, ficar no cargo de vice é algo pouco representativo. Se indispôs até com os caciques do PP José Riva e Pedro Henry. É que ambos defenderam que Eliene deveria assumir a Ciência e Tecnologia para abrir espaço ao suplente Neri Geller. Daltro foi voto vencido. Se a sua busca era por atribuições, encontrou o que queria.





Fonte: RD News

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