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Politica MT
Sexta - 14 de Janeiro de 2011 às 08:56
Por: Ana Rosa Fagundes

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O deputado federal eleito Júlio Campos (DEM) contratou um dos mais renomados advogados em direto eleitoral do Brasil para fazer sua defesa da acusação de compra de votos durante a campanha em 2010. José Eduardo Alckmin, primo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai defender Júlio no processo movido pelo Ministério Público Federal Eleitoral em Mato Grosso.

Antevendo que o caso vai ser decidido em instância superior, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Júlio Campos achou mais prático contratar um advogado que já está em Brasília para acompanhar o processo de perto. Além disso, o democrata conta que Alckmin já trabalhou para ele. “Em política é assim mesmo, todo dia tem um processo nas suas costas. Ainda mais em Mato Grosso, é um negócio difícil”, disse o deputado. Em Cuiabá, o advogado eleitoral de Campos é José do Patrocínio.

Júlio ainda reclama que o procurador federal Thiago Lemos colocou o processo sob segredo de Justiça, “mas já entregou para todo mundo”. No entanto, ele diz que acredita na seriedade da Justiça Eleitoral mato-grossense e que “a denúncia não terá embasamento”.

Nesta semana, o procurador regional eleitoral protocolou uma representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedindo a cassação do diploma do democrata e a aplicação da multa máxima para o crime de compra de votos. Conforme o requerimento do procurador, "as provas são tantas, que fica impraticável esmiuçá-las nesta petição inicial".

De acordo com a representação, eram distribuídos vales-compras e vales-abastecimento na sede da empresa “Empreendimentos Santa Laura S/A”, da qual Júlio é sócio majoritário. Os tíquetes seriam distribuídos pelo filho do deputado, Júlio Domingos de Campos Neto, e trocados no supermercado Bom Gosto, em Várzea Grande, e no Posto América, em Cuiabá, segundo a assessoria do Ministério Público.

As supostas irregularidades cometidas pelo democrata foram confirmadas no dia 23 de setembro do ano passado pela Polícia Federal. Disfarçados de eleitores, policiais foram até a sede da empresa e se mostraram interessados nas doações, após receber uma denúncia anônima, e confirmaram que benefícios estavam sendo oferecidos a eleitores. Júlio foi eleito com 72.560 votos, sendo o sétimo mais votado.






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