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Politica MT
Quarta - 04 de Setembro de 2013 às 02:45
Por: Jardel P. Arruda

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Após sete anos sem ter notícias concretas do paradeiro do filho e imaginar uma possível morte dele, Maria de Lourdes Evangelistas de Oliveira recebeu a notícia de que seu caçula, João José Evangelista, 26, principal denunciante de crimes ambientais investigados pela Polícia Federal culminando na “Operação Mapim Guari”, em 2006, está vivo e se isolou da família por guardar magoas da própria família.


 
Depois de terem ventilado que João foi o denunciante, ele precisou deixar tudo para trás a fim de integrar o programa de proteção a testemunha. Desde então ele cortou contato com a família. Em 2009 ele deixou o programa a pedido próprio e passou a viver por conta e continuou sem contatar a mãe. Desesperada, ela procurou ajuda da Assembleia Legislativa em 2011, acreditando que o filho foi em busca de um pagamento supostamente prometido pelo antigo chefe, Avenir, por ter feito a denúncia a seu mando e acabado morrendo.


 
A informação sobre a situação do rapaz foi repassada a Maria através de um vídeo gravado pelo próprio João, em uma coletiva de imprensa realizada no auditório Licinio Monteiro, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, convocada pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa de Leis. Na mídia gravada, o rapaz responde apenas a uma pergunta, explicando qual o motivo de estar vivo e não entrar em contato com a família.


 
“Ainda não morri, mãe. Ainda falta muita coisa para mim. Mas eu peço que a senhora ponha a mão na consciência. Muitas vezes a senhora disse que eu não sou seu filho. Que só meus irmãos mais velhos eram. Muito bem, já passaram sete anos, e se um dia for para a gente se ver, Deus vai providenciar isso”, disse João, através do vídeo.


 
O delegado Silas Tadeu Caldeira, titular da Homicídios e Proteção a Pessoa e responsável pela investigação que localizou o rapaz, contou que o rapaz diz se sentir magoado com a mãe pelo fato dela ter negado ajuda após ele ter feito a denúncia. “Ele fiz que a mãe foi uma grande incentivadora da denúncia e, depois dele passar a ser ameaçado, ela teria se recusado a ajudar”, disse o delegado.


 
A localização de João não pode ser revelada nem mesmo para a mãe. “Nossa missão era descobrir se ele estava vivo e ele está. Isso é o que importa é a preservação da vida”, afirmou o secretário-adjunto de Segurança Pública, coronel Moraes.





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