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Policia MT
Quinta - 13 de Janeiro de 2011 às 10:29
Por: Amanda Alves

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Menor afirma que usa pasta-base há 1 ano, parou de estudar na 4ª série e rouba para comprar droga
Menor afirma que usa pasta-base há 1 ano, parou de estudar na 4ª série e rouba para comprar droga

Um adolescente de 13 anos e com 15 passagens pela Polícia foi encaminhado novamente ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) de Várzea Grande. Desta vez, 1 boné e 1 aparelho de DVD foram furtados de um estabelecimento do bairro Cristo Rei e vendido logo em seguida por R$ 10.

Na região, o adolescente é conhecido por fazer parte do grupo de 3 irmãos chamado "Cabecinhas Secas", e que realizam furtos frequentemente em comércios.

Segundo a informação de um padeiro, que chegava para trabalhar às 4h, o adolescente quebrou o vidro do estabelecimento de artigos variados e entrou pela janela. Momentos depois, ele saiu e vendeu os produtos a Elton Cláudio Miranda Dorileo, 35, suspeito de receptação. A casa de Elton fica a 20 metros do local onde os produtos foram furtados.

O proprietário do comércio de artigos, Francisco Lopes de Paula, 42, tomou conhecimento no início da manhã e chamou a Polícia Militar. Juntamente com os policiais, ele acompanhou o adolescente até à casa de Elton. O aparelho de DVD foi encontrado, além de tesoura, linha e balança de precisão.

O sargento Pereira, da 5ª Companhia da Polícia Militar, diz que os apetrechos encontrados com o suspeito de receptação indicam a confecção de drogas, mas por falta de materialidade, impedem a caracterização de tráfico de drogas.

Elton ficou preso no Cisc, mas negou que tenha pago pelo produto, mas o adolescente diz ter vendido por R$ 10 ao receptador para que pudesse comprar droga. "Uso pasta-base há 1 ano", diz o garoto, que se mostra reservado ao responder as perguntas e que afirma ter parado de estudar na 4ª série.

O adolescente diz que não sabe ler, mas consegue dizer com precisão ao policial que já tem 15 passagens pela Polícia.

A vítima do garoto, Francisco, diz conhecê-lo desde criança, período que já andava pelas ruas em grupo. "Eu conheço ele desde pequeno e dá dó ver isso. A gente sabe que não é culpa dele, porque a mãe abandonou, o pai nunca apareceu e a vó é quem cuida".

O proprietário do comércio diz ainda que outros 2 adolescentes de 15 anos, irmãos do menino de 13, mantém atividades do crime.

"Vai morrer", prevê Francisco, sobre o futuro do adolescente. Para ele, a falta da família faz com que meninos estejam hoje sem perspectiva de vida e com direitos em aberto. Na opinião dele, somente um tratamento pode devolver a garantia de acesso ao estudo e saúde para o garoto.





Fonte: A Gazeta

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