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Nacional
Quinta - 13 de Janeiro de 2011 às 01:12

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Vanderlei Almeida/AFP
Bombeiros e moradores tentam resgatar vítimas em morro de Teresópolis, na região serra do Rio
Bombeiros e moradores tentam resgatar vítimas em morro de Teresópolis, na região serra do Rio

Um grupo de 14 pessoas hospedadas em um sítio no vale do Cuiabá, em Petrópolis, morreu por conta da chuva que castigou a região serrana do Rio. Moradores da região disseram que uma tromba d"água arrastou casas, destruiu pontes e deixou centenas de pessoas desabrigadas.

Na cidade, 20 pessoas morreram. No Estado, o número de mortos já chega a 257 --em Teresópolis são 130 e em Nova Friburgo são 107.

Entre os mortos no sítio estão a estilista Daniela Conolly e outros sete parentes. Conolly estava hospedada em um sítio que pertence à família Gouvêa Vieira, uma das mais conhecidas do Rio. Segundo a vereadora Andréa Gouvêa Vieira, eles estavam no local há pouco mais de uma semana. A família tinha ido para o vale do Cuiabá para festejar o aniversário do pai da estilista.

Daniela é irmã de Erick Conolly, diretor da holding do grupo Icatu. Ele perdeu na tragédia a irmã, a mãe, o pai, três filhos, o cunhado e o sobrinho. A mulher e a filha mais velha dele foram resgatadas e levadas para o hospital Copa D"Or, no Rio, onde seguem internadas, sem risco de morrer.

O hospital informou que a pedido da família não prestará informações sobre o estado de saúde das pacientes.

RISCO

A Defesa Civil municipal informou que o número de mortes em Petrópolis pode aumentar e chegar a 40 somente no vale do Cuiabá, pois corpos arrastados pela água dificultam a localização.

O órgão estima que mais de 1.000 pessoas podem estar desabrigadas na cidade, mas tem dificuldade em contabilizar o total. A Defesa Civil afirma que muitos moradores estão cuidando de limpar suas casas ou tentando recuperar móveis e pertences. Muitas pessoas buscaram abrigo em casa de parentes e amigos.

Na cidade, cerca de 40 mil pessoas --13% da população-- moram em áreas de risco, segundo a prefeitura.

Os deslizamentos já fazem parte da história da cidade, onde há localidades em que o risco foi detectado há mais de 25 anos. Outra peculiaridade de Petrópolis é que as áreas de risco ficam em diversos bairros, que têm tanto mansões quanto casas populares.






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