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Terça - 11 de Janeiro de 2011 às 17:08
Por: Pollyana Araújo

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O Ministério Público Federal (MPF) pediu a cassação do mandato do deputado federal eleito Júlio Campos (DEM) por compra de votos e gastos ilícitos de recursos na campanha eleitoral de 2010. Na representação, o procurador regional eleitoral Thiago Lemos acusa o democrata de ter distribuído vale-compras e vale-combustível na empresa Empreendimentos Santa Laura S/A, da qual é sócio-proprietário.

Os tíquetes eram distribuídos pelo filho do deputado, Júlio Neto, e trocados no supermercado Bom Gosto, em Várzea Grande, e no Posto América, em Cuiabá. "As provas são tantas que fica impraticável esmiuçá-las nesta petição inicial", disse o procurador, ao analisar os documentos que embasaram o processo de investigação.

As irregularidades foram confirmadas no dia 23 de setembro de 2010, quando dois policiais federais foram até a sede da empresa, fazendo-se passar por eleitores interessados nas doações do candidato, após receberem uma denúncia anônima. Contudo, a confirmação de eleitores que buscavam os benefícios dentro da empresa do deputado não foram as únicas provas da compra de votos.

Conforme o procurador regional eleitoral, apreensões realizadas por solicitação do MPF no escritório da empresa do candidato, no Posto América e no Supermercado Bom Gosto, não deixam dúvidas sobre as irregularidades.

“Em todos esses estabelecimentos, foram arrecadados documentos - listas de atendimento a eleitores, mais de duas centenas de notas e cupons fiscais para troca por combustível e compras, entre outros - que escancaram a prática sistemática de corrupção e de arrecadação e gastos ilícitos de campanha”, afirmou.

Lemos explica ainda que mesmo que os gastos fossem legítimos de campanha estaria caracterizada “a movimentação paralela e subterrânea de recursos eleitorais à margem da conta-corrente oficial (crime conhecido como caixa-dois)”, porque tudo foi custeado pela Agropastoril Cedrobom Ltda. - cuja sócia majoritária é Nauriá Alves de Oliveira, também diretora financeira da empresa Empreendimentos Santa Laura S/A - e por Júlio Campos Neto.






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