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Economia
Sábado - 08 de Janeiro de 2011 às 09:10
Por: Laís Costa Marques

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Despesas com a mão de obra são as mais pesadas para o consumidor; materiais tiveram pouco reajuste no ano
Despesas com a mão de obra são as mais pesadas para o consumidor; materiais tiveram pouco reajuste no ano

O custo da construção civil em Mato Grosso registrou o terceiro maior aumento do país em 2010 com relação a 2009, segundo o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acréscimo de 9,72% no valor por metro quadrado foi puxado principalmente pelos gastos com a mão-de-obra. Nas lojas de materiais para construção, poucos produtos tiveram alta ao longo do ano, e outros, que até ficaram mais caros, como o cimento, já estão tendo os preços reduzidos.

Em dezembro, o custo da construção por metro quadrado no Estado foi de R$ 758,92, 0,09% a mais do que o registrado em novembro. Comparando com os demais estados do Centro-Oeste, o valor mato-grossense só é menor do que do Distrito Federal, que fechou o ano com R$ 794,72 o metro quadrado. Com relação ao preço nacional, Mato Grosso também ficou atrás, apesar de ter tido um dos maiores aumentos. No Brasil, a média foi de R$ 769,06.

O presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais para Construção de Mato Grosso (Acomac-MT), Antônio Zompero, diz que a majoração dos preços foi influenciada pela valorização da mão de obra. "Os materiais permaneceram estáveis, os aumentos registrados foram de 3% em média, no máximo. Diferentemente da mão de obra que triplicou o preço nos últimos anos".

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil, Joaquim Dias Santana, explica que o pagamento no setor é feito com base na convenção coletiva e na produção. "Não temos como mensurar o quanto se ganha com participação na produção, mas pelo reajuste anual de maio do ano passado conquistamos em média 10%", diz ao comentar que este índice é um dos melhores. Os reajustes acertados na convenção coletiva 2010 variam, segundo Joaquim Santana, entre 7% e 12%. Os salários fixados foram de no mínimo R$ 587,40 para serventes e ajudantes até R$ 1.062,60 para os encarregados. Os valores definidos determinam o mínimo a ser pago para cada trabalhador de acordo com a função exercida.

O gerente da loja de materiais para construção Bigolin, Roberto Lazzaroto, afirma que entre os produtos, poucos registraram aumentos significativos ao longo do ano, com exceção do cimento que chegou a R$ 25, cujo preço começou a baixar e pode ser encontrado por até R$ 19. "Com certeza este índice está vinculado aos custos com a mão de obra, que está em falta no mercado e por isso ficou mais cara. Entre os materiais, nenhum apresentou uma alta expressiva".

De acordo com o Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil, além de Mato Grosso, os estados que apresentaram maiores elevações nos preços foram Rondônia, com acréscimo de 18,29% e Piauí, com um aumento de 9,73%, no país a variação média foi de 7,36%. Com relação aos valores, o estado do Rio de Janeiro possui o custo mais alto com R$ 845,31 por metro quadrado, seguido de Roraima, R$ 844,39 e do Acre, cujo custo é de R$ 822,20.





Fonte: A Gazeta

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