Disputa pelos cargos de 2º e 3º escalão da gestão Silval fica acirrada
Após a quase total definição dos cargos de primeiro escalão, os partidos políticos situacionistas já começam a se engalfinhar, nos bastidores, pelos cargos do segundo e do terceiro escalão, especialmente pelas presidências e diretorias financeiras dos principais órgãos estaduais e autarquias.
PR, PP e PMDB, como já era de se esperar, vão lutar pela maior fatia do bolo e devem aumentar o nível de pressão sobre o governador Silval Barbosa (PMDB), que tem demonstrado muito jogo de cintura e complacência para discutir os cargos com seus aliados.
Silval já sentenciou que "quem ajudou na sua reeleição vai ajudar a governar". Muito mais diplomático do que seu antecessor, o ex-governador Blairo Maggi, senador eleito, Barbosa tem ouvido em demasia os líderes partidários, mas conseguiu evitar eventuais traumas nas indicações para o primeiro escalão.
As negociações, ao contrário do que muitos pensam, estão avançadas, mas Silval quer evitar disputas individualizadas ou personalizadas. Insistirá, segundo fontes, na diplomacia e na relação institucionalizada com os partidos alinhados politicamente, inclusive com os pequenos partidos, até o momento alijados das discussões sobre cargos.
Político experiente, Barbosa sabe que o momento será tão delicado (ou até mais) do que no processo de definição do primeiro escalão, quando chamou para si a responsabilidade para algumas escolhas.
Nesta fase, o processo tende a gerar traumas, porque cada partido tem suas próprias ambições e os projetos pessoais, infelizmente, tendem a sobrepor ao jogo coletivo. E os parlamentares também vão querer suas cotas pessoais, mas os partidos também querem fatias do bolo e não apenas as migalhas.
Por isso, os próximos 25 dias serão marcados por quedas de braço e muita tensão nos bastidores do Palácio Paiaguás e dos partidos políticos.
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