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Policia MT
Quinta - 09 de Dezembro de 2010 às 08:44
Por: Fernando Duarte

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Pela segunda vez em menos de uma semana, Wilmar Euzébio de Andrade, 47, foi preso por pesca predatória. Ele estava com quase 30 kg de pintado em sua residência, no bairro Praieirinho, em Cuiabá. Após prestar depoimento, Andrade foi liberado ao pagar R$ 5,1 mil em fiança.

Wilmar, considerado um "atravessador" pela Polícia, foi preso na semana passa com 344 kg de peixe em sua caminhonete. Desta vez, ele estava com um sobrinho que tem uma peixaria em Goiânia (GO).

De acordo com o delegado Carlos Fernando da Cunha Costa, da Delegacia de Meio Ambiente (Dema), Wilmar estava no fundo de casa descamando os peixes quando foi detido. "O peixe é algo cultural. Enquanto não mudar o pensamento de que não se deve comprar peixe no período proibitivo, isso não vai acabar. As pessoas só querem saber dos de rio e fresco ainda".

Costa argumenta que, mesmo com o apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Polícia Militar Ambiental, é difícil a prisão dos pescadores. "Você acha uns 20 pescadores nos rios, mas antes de chegar eles já foram embora. Pulam na água e deixam as tralhas".

O foco na prisão, segundo ele, será o revendedor. Se o pescador não tiver para quem vender, não irá para o rio. Atualmente, os atravessadores compram o quilo do peixe a R$ 6 e revendem aos restaurantes e peixarias por R$ 17 a R$ 20.

Quantidade - A preocupação da Dema está na quantidade de peixe apreendido. São quase 30 pessoas presas por pesca predatória, mas com cada uma não há mais de 30 quilos. A apreensão dos mais de 340 quilos, para Costa, foi exceção. "Estamos prendendo muitos pescadores, mas com pouco. E isso na Piracema, que deveria ser o período mais farto, pois o peixe está mais preocupado em desovar do que em cuidar de sua vida".





Fonte: A Gazeta

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