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Politica MT
Terça - 07 de Dezembro de 2010 às 21:39
Por: Romilson Dourado

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Em reunião nesta semana com o governador Silval Barbosa, a cúpula regional do PMDB, sob o cacique Carlos Bezerra, cobrou cargos no staff e sugeriu, como alternativas para compor quadros do primeiro escalão, o médico Wallace Guimarães, deputado reeleito, e Teté Bezerra, também eleita à vaga na Assembleia. O chefe do Executivo mais ouviu do que falou. Cauteloso, Silval enfatizou que, para o seu novo governo que começa a partir de 1º de janeiro do próximo ano, está determinado a escolher uma equipe após análise profunda e criteriosa do perfil e avisou que só aceita indicações partidárias de pessoas que estejam qualificadas para tais cargos.

O chefe do Executivo reeleito no primeiro turno reafirmou que considera justo o pleito do seu partido, o PMDB, que reconquistou o Palácio Paiaguás duas décadas depois da passagem de Bezerra pela cadeira de governador, mas que só terá uma definição do rateio na próxima semana. Ele já esteve reunido separadamente com as direções regionais do PR, do PT e do PP e fechou a primeira rodada de diálogo com o PMDB nesta segunda.

A agremiação controlada por Bezerra estava pleiteando para Teté a Agricultura Familiar, que deixaria de ser adjunta da pasta de Desenvolvimento Rural para se tornar secretaria independente. Como o governador recuou da ideia, ou seja, não vai mais desmembrar a Seder, que detém autonomia sobre órgãos e empresas, como Empaer, Intermat e Indea, o PMDB passou a mirar outras pastas. Briga agora pela Saúde. Nesse caso, quem se apresenta é Wallace, um ex-democrata que disputou e perdeu a Prefeitura de Várzea Grande e teve a mulher Jaqueline Guimarães como secretária de Saúde da gestão Murilo Domingos.

O governador não quer ceder as pressões do PMDB. Também se vê pressionado pelo PP, que sugeriu o nome do deputado federal Pedro Henry para conduzir a Saúde, caso este não consiga validar os mais de 80 mil votos que obteve nas eleições. Hoje, como essa votação está sub judice, Henry não faz parte da lista dos 8 federais eleitos e/ou reeleitos. Se ficará de fora, encontraria abrigo no governo Silval. Silval conduz o entendimento com as lideranças com muita cautela.

No encontro com o PR, o primeiro realizado com os principais partidos para discutir participação no governo, Silval autorizou somente quatro dos sete nomes propostos pela legenda para fazer parte do primeiro escalão, incluindo os secretários Eder de Moraes (Casa Civil) e Pedro Nadaf (Indústria, Comércio, Minas e Energia). O contador do partido Cézar Zílio foi indicado para Administração. Os republicanos brigam também pela pasta de Meio Ambiente, hoje sob o coronel PM Alexander Maia.

O PP, com 5 deputados eleitos, mesma bancada do PMDB, cobrou do governador a Educação e reforçou o nome do deputado eleito Ezequiel da Fonseca. No debate, foram citados também para ocupar alguma pasta o deputado Maksuês Leite, derrotado à reeleição, e o presidente da Câmara de Cuiabá, Deucimar Silva, que perdeu para deputado estadual e poderia ser alternativa para a secretaria das Cidades, que será criada no novo mandato do peemedebista. Silval ponderou que a Educação deve continuar com o PT. Carlos Abicalil tende a ser o secretário, caso este não venha a ocupar cargo federal, principalmente a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. De todo modo, o petismo indicaria um outro nome. Os demais nomes do PP foram reprovados pelo chefe do Executivo.

Para a futura secretaria de Justiça, que será desmembrada da Segurança Pública, surge o nome não apenas do ex-presidente da OAB-MT Francisco Faiad, mas também do desembargador aposentado Paulo Lessa. Com a experiência de um magistrado, o Poder Executivo entende que poderia melhorar a relação da Justiça com o sistema prissional. Há possibilidade de Faiad ficar fora do staff e atuar como espécie de "coringa". Hoje ele coordena a assessoria jurídica da campanha vitoriosa de Silval, que enfrenta vários processos, inclusive de pedido de cassação. Essas pendências do processo eleitoral devem continuar por mais de um ano.

Até partidos que são considerados opositores, como DEM e PSDB, se articulam para conseguir espaço no governo. O deputado José Domingos, por exemplo, deve assumir a Seder. Isso possibilitaria abertura de vaga na Assembleia para Gilmar Fabris, que apoiou o projeto de reeleição de Silval, mesmo sendo de uma legenda que tinha Dilceu Dal Bosco como vice de Wilson Santos (PSDB). A presença de Fabris na AL interessa diretamente o governador, que pretende valorizar o democrata por este ter ajudado a desestabilizar a chapa adversária.





Fonte: RD News

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