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Meio Ambiente
Quinta - 02 de Dezembro de 2010 às 07:33
Por: Carolina Holland

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Mato Grosso conseguiu reduzir o índice de desmatamento na Amazônia Legal em 88,45% nos últimos seis anos. Em 2005, o Estado desmatou 7.145 quilômetros quadrados (Km2 ), enquanto neste ano foram derrubados 828 Km2 de floresta. Os dados foram divulgados ontem pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Mesmo com queda de quase 90%, o Estado ainda é o segundo que mais desmata a floresta no país. De acordo com os números do Prodes, o Brasil registrou, este ano, queda de 13,6% no desmatamento em relação a 2009. O Prodes estima que a taxa projetada de desmate, feita a partir da análise de 93 imagens de satélite, que cobrem cerca de 90% da área desmatada, é de 6,4 mil Km2. A margem de erro é de cerca de 10%. Essa foi a maior redução desde 1988, ano em que o Inpe começou a fazer o levantamento anual da derrubada da floresta.

Mato Grosso reduziu em 20% o índice de desmatamento em relação aos números do ano passado. Em 2009, foram 1.049 Km2, enquanto neste ano foram 828 Km2. Já entre 2008 e 2009, a queda no desmatamento foi de 67,8%: de 3.258 Km2 para 1.049 Km2.

O levantamento do Prodes revela que o Pará foi o Estado que mais desmatou a Amazônia no último ano, com 3.710 Km2. Em terceiro lugar ficou o Maranhão, com 679 Km2. O Estado que menos desmatou no período foi o Tocantins, com 60 Km2 de floresta derrubada. O Prodes não divulgou os dados de Roraima e Amapá.

O coordenador executivo do Instituto Centro de Vida (ICV), Laurent Micol, afirmou que os índices são positivos e revelam a quebra do paradigma de que é impossível para o Estado ter crescimento econômico sem prejudicar o meio ambiente. “Esses dados nos fazem constatar, principalmente que o desenvolvimento da economia não precisa ser acompanhado de desmatamento”, analisou.

Micol disse ainda que Mato Grosso precisa ter como meta o fim do desmatamento. “Todas as ações devem ser rumo a esse objetivo. O desmatamento precisa ser reduzido a zero”, frisou. Para o coordenador, ainda falta à região criar mais políticas conservacionistas para setores fundamentais para a economia do Estado, como a agropecuária. “É preciso pensar em conservar o solo, conservar a água. O poder público tem que criar práticas que visem isso”, acrescentou.

Em relação às causas da queda expressiva no desmatamento, Micol considera que o controle e a fiscalização foram fundamentais, mas “ainda falta regularização ambiental” no Estado.






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