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Policia MT
Terça - 30 de Novembro de 2010 às 08:00
Por: Raquel Ferreira

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Circuito interno do edifício prova que são falsas primeiras informações registradas
Circuito interno do edifício prova que são falsas primeiras informações registradas

Imagens do circuito interno de segurança do Edifício Dunhill mostram o momento em que adolescentes empurram o estudante João Vitor Leon Leite, 16, para dentro do elevador e apertam os botões para fechar a porta. Pouco depois, o rapaz despenca de uma janela existente no corredor do 4º andar e cai no salão, onde acontecia a confraternização de estudantes de uma escola particular. Antes de chegar ao chão, o adolescente bateu em uma estrutura de ferro e vidro, que pode ter "amortecido" a queda, mas não impediu que ele ficasse gravemente ferido. As imagens apontam uma versão diferente do que foi registrado no primeiro boletim de ocorrência da Polícia Militar, onde participantes da festa relataram não ter visto quando João Vitor subiu e pulou numa tentativa de suicídio. O prédio fica na avenida Ipiranga, em Cuiabá.

Um morador do prédio afirma que a festa teve início às 18h com cerca de 30 adolescentes e terminou com o acidente. No local havia bebida alcoólica, como cerveja e vodca. Ele não quis se identificar, mas conta que algumas pessoas que estavam no local promoveram "arruaça" na garagem do edifício, defecando no chão e jogando em alguns veículos. E por volta das 22h percebia-se que os jovens estavam alterados, ocorrendo inclusive uma discussão entre meninas que não paravam de xingar.

A confraternização foi oferecida pelo pai de um estudante que reside há pouco tempo no 4º andar do edifício. João Vitor era amigo de um dos jovens que estavam na festa por ter estudado no mesmo colégio, mas trocou de escola este ano.

A testemunha destaca que conhece João Vitor e garante que a festa não tinha relação com o rapaz, que não tem histórico de bebida, é uma pessoa tranquila, calma e que pode ter sido vítima de uma brincadeira infeliz, que resultou em um acidente grave. "O menino não bebe, é pacato, tímido e de pouca conversa. Ele não pertencia àquele grupo, por isso acredito que podem ter colocado alguma coisa até mesmo no refrigerante dele. Quando vi a situação pensei em buylling".

O morador comenta que as pessoas que residem no prédio estão revoltadas com o que aconteceu e querem saber a verdade. "Queremos saber o que houve com o João Vitor".

A investigação foi transferida para a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). A delegada Liliane Murata já pediu cópia das imagens e as primeiras testemunhas serão chamadas. 





Fonte: A Gazeta

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