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Politica Brasil
Terça - 23 de Novembro de 2010 às 06:43

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Após uma reunião que se estendeu por mais de três horas, a partir das 19h desta segunda-feira (22), a executiva do PDT gaúcho decidiu que o partido manterá negociações para integrar o governo de coalizão proposto pelo governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). O futuro governo já é integrado por PSB, PCdoB, PTB, PR e PRB. O PDT, contudo, pretende garantir espaços políticos que considere "adequados" e também a implementação de algumas de suas políticas públicas.

"Todos os discursos salientaram que o espaço até agora não é suficiente", assinalou o presidente estadual da legenda, Romildo Bolzan Júnior, ao final da reunião. Ele destacou ainda que, caso as negociações não se encaminhem a contento, o partido poderá abandoná-las e seguir independente. A proposta feita pelo PT para atrair o PDT a integrar o governo pressupõe que os trabalhistas ocupem três secretarias. Uma de grande porte entre duas (Agricultura ou Saúde), e duas menores entre três (Ciência e Tecnologia, Gabinete dos Prefeitos e Esporte e Lazer).

O impasse nas negociações ocorre porque o PDT prefere ocupar duas grandes secretarias e, se possível, uma terceira de menor porte. Segundo Bolzan, as duas grandes pastas não precisam ser necessariamente Saúde e Agricultura. "Habitação e Saneamento é uma alternativa importante. Podemos examinar", adiantou.

O PT já contava com a possibilidade de que o PDT talvez não definisse hoje uma posição mais consolidada, seguindo com a negociação. Pela manhã, após reunião da executiva petista que tratou do assunto, com a presença de Tarso, o futuro chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, falou sobre a possibilidade de os pedetistas formarem uma comissão para negociar sua participação no governo eleito. Tarso pretende ter até a quinta-feira a quase totalidade dos secretários indicados e, a partir da sexta, viajar por cerca de oito dias para descansar.

O futuro governo precisa do PDT para obter maioria na Assembleia Legislativa. Das 55 cadeiras, o PT ocupará 14 na próxima legislatura. O PSB e o PCdoB, aliados desde o primeiro turno, elegeram três e um deputados, respectivamente. O PTB ficará com seis, o PRB com um e o PDT com sete. O deputado Mano Changes (PP) tem apoiado publicamente Tarso, apesar de seu partido ter decidido permanecer na oposição.





Fonte: Terra

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