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Sexta - 19 de Novembro de 2010 às 10:15
Por: Flávia Borges

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Evandro Stábile usou da prerrogativa de ser desembargador e conseguiu adiar o depoimento que iria prestar nesta sexta a membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Cuiabá, num processo relatado pela corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon. A audiência aconteceria no prédio da Justiça Federal, na Capital, mas o magistrado emplacou um pedido para que seja ouvido em Brasília, ainda sem data definida. Assim, Stábile consegue se "esquivar" da imprensa e evita expor ainda mais sua imagem, já arranhada após diversos escândalos protagonizados por ele.

Dessa vez, o magistrado é acusado de ter empregado a filha e a namorada na Assembléia Legislativa ao mesmo tempo em que despachava favoravelmente ao deputado estadual José Riva, na época presidente da Casa, que assinou os atos de nomeação. Logo após o Movimento de Combate à Corrupção (MCCE) denunciar o caso ao CNJ, Riva teria exonerado os parente de Stábile dos cargos imediatamente.

O processo corre sob segredo de Justiça desde meados de 2009. Algumas testemunhas de acusação já foram ouvidas e, inclusive, confirmaram a "troca de favores" entre o então presidente da AL e Stábile.

Este não é o único processo contra ele. O magistrado foi afastado da presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e de suas funções no Tribunal de Justiça (TJ) por determinação do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em junho deste ano. Ele é alvo de uma investigação sobre venda de sentenças no Estado e seria o "cabeça" da suposta quadrilha.

O processo teve início em 2007 e corre sob segredo de Justiça no Superior Tribunal de Justiça. Stábile alegou durante todo este período que desconhecia a existência de lobby feito por advogados ou parentes de magistrados. Frisava também que por presidir o Tribunal, não costumava apreciar os processos de cassação, exceto em casos de empate quando ele emitia o chamado "voto minerva".





Fonte: RD News

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