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Policia MT
Quarta - 10 de Novembro de 2010 às 14:17
Por: Lucas Bólico

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Lucas Bólico/OD

A filha caçula de 13 anos foi quem encontrou o corpo dos pais na sala de casa quando voltava da escola. O terceiro sargento do 44º Batalhão de Infantaria Motorizada, Valter Lucas de Moura, 46, assassinou a esposa, Delza Brígida de Moraes Moura, 39, com três tiros e cometeu suicídio em seguida, com um disparo contra a cabeça.

Quando chegou da escola, a garota estranhou ver a porta de casa trancada e abriu a janela, enxergando parte de um corpo estirado no chão. Ela então chamou um soldado que fazia a guarda na vila. O rapaz arrombou a porta de entrada da casa e ela se deparou com os pais mortos.

A cena do crime passional foi a sala da casa número 195, da rua Filinto Muller, na Vila Militar do bairro Goiabeiras. Além da garota de 13 anos, o casal tinha mais dois filhos, um de 21 e outro de 24.

O mais velho, que preferiu não se identificar, contou que a relação entre seus pais não era das mais saudáveis. Ele lembra que a mãe contava que os primeiros anos de casamento foram de muito sofrimento, mas que depois o pai teria melhorado.

O casal somava mais de 20 anos de casados. Nos últimos seis, o pai teria voltado a ficar mais violento, de acordo com o filho, as brigas voltaram a ficar mais intensas e constantes. Os dois rapazes já não moravam mais com os pais, só a garota de 13 anos.

Uma vizinha próxima diz que o estopim para as brigas do casal eram os ciúmes por parte do sargento. Segundo ela, Delza teria contado que o marido já a havia ameaçado de morte, mas que ambas acreditavam ser da ‘boca pra fora’.

Ela conta também que a esposa já havia pedido, inclusive, que o marido dormisse no quartel, pois ambos passavam por um momento muito conturbado no casamento. Tanto o filho, quanto a vizinha negaram ter conhecimento de que o militar agredia a esposa fisicamente.

A arma utilizada no crime foi uma pistola de 9mm de propriedade do Exército. O sargento portava a arma porque estava trabalhando. Valter cometeu o assassinato da esposa vestindo a farda do Exército.

De acordo com o Major Mário Lúcio Maia, a conduta do militar jamais levantou qualquer suspeita. O terceiro sargento já havia alcançado o posto máximo de sua carreira no Exercito, após mais de 20 anos servindo às Forças Armadas.

Serão abertos dois inquéritos paralelos, um civil e um militar, para apurar os detalhes do crime. As investigações tem 30 dias para serem concluídas e esse prazo ainda pode ser prolongado.






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