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Internacional
Quinta - 28 de Outubro de 2010 às 14:09

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Iman Yousef acreditava estar sendo perseguida
Iman Yousef acreditava estar sendo perseguida

A Justiça britânica condenou nesta quinta-feira uma mulher que esfaqueou repetidamente sua filha de três anos e mergulhou o corpo da criança em ácido.

Iman Yousef, uma imigrante de origem somali de 25 anos que pediu asilo na Grã-Bretanha, sofre de esquizofrenia paranoide e alucinações visuais, e foi considerada inimputável em relação à acusação de assassinato. A ré foi condenada por homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar. A Justiça ainda precisa estabelecer a sentença que lhe caberá.

O corpo da menina, Alia Ahmed Jama, foi descoberto pela polícia em estado de decomposição no chão da casa onde as duas moravam, em Birmingham, em fevereiro. O cadáver estava parcialmente coberto com sacos de lixo.

Segundo o promotor do caso, James Burbidge, os policiais encontraram "um cenário chocante" e imediatamente sentiram cheiro de ácido. A menina apresentava diversos ferimentos feitos por um objeto cortante usado com tanta força que teria perfurado o corpo da criança e deixado marcas no carpete e no chão da casa. Nenhuma arma foi encontrada.

O patologista James Lucas, que fez a autópsia de Alia, constatou "danos corrosivos extensos", que atrapalhavam a análise dos ferimentos de vários tamanhos e profundidades existentes no peito da vítima. Lucas afirmou que Alia não engoliu a substância e estava inconsciente ou morta quando foi mergulhada no ácido.

Problemas mentais
A mãe e a tia de Yousef, que moram em Leicester, já haviam expressado preocupação com a saúde mental de mulher. A avó de Alia chegou a dizer que havia tirado facas das mãos da sua filha em duas ocasiões. Segundo o processo apresentado na Justiça, pouco antes da morte, motivados pelas queixas da família, assistentes sociais e policiais visitaram a casa onde Yousef e Alia moravam.

Os assistentes sociais constataram que a menina estava bem e decidiram monitorar a evolução médica da mãe. Segundo testemunhos concedidos ao júri, Yousef levou a criança a uma delegacia de polícia no mesmo dia e exigiu que os policiais as colocassem em um hotel. Ela dizia que pessoas que a haviam "maltratado" estavam tentando entrar em sua casa.

Yousef voltou para casa com a filha e, no dia seguinte, viajou sozinha para a casa da mãe, na cidade de Leicester. Ao ouvir que a menina estava "em um lugar seguro", a mãe de Iman Yousef ligou para a polícia. Iman Yousef morava na Holanda antes de mudar para o Reino Unido, em 2007.

Diagnosticada por três psiquiatras com esquizofrenia paranóide associada a alucinações visuais, ela sofre de um grau tão severo de doença mental que foi considerada incapaz de comparecer ao julgamento, em Birmingham.






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