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Segunda - 25 de Outubro de 2010 às 23:29
Por: Romilson Dourado

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O prefeito cuiabano Chico Galindo (PTB) decidiu ceder mesmo as pressões do antecessor Wilson Santos e vai renomear no comando da Educação o ex-deputado Carlos Carlão do Nascimento. A notícia já repercute entre os vereadores. Na primeira audiência pública realizada nesta segunda à noite no bairro Novo Paraíso, cinco dos 19 parlamentares presentes receberam a informação do Palácio Alencastro. Alguns se posicionaram contra o retorno de Carlão para a maior pasta da estrutura do governo municipal.

Estavam também na reunião os vereadores Antônio Fernandes (PSDB), Toninho de Souza (PDT), Néviton Fagundes (PRTB), Chico 2000 (PR) e Arnaldo Penha (PMDB). Curiosamente, todos são governistas, mas se mostram contra a renomeação de Carlão porque entendem que o secretário Permínio Pinto "está fazendo um bom trabalho".

O grupo do ex-prefeito, que foi derrotado para governador nas urnas de 3 de outubro, garantiu também uma pessoa conhecida pelo prenome de Julieta no comando da pasta de Promoção Social. Foi uma indicação de Wilson e reforçada por Carlão. Aliás, Julieta é mais ligada a Carlão. Nesse caso, para atender os tucanos, Galindo topou "sacrificar" até o seu próprio assessor diretor Sílvio Fidélis, que já estava se preparando para deixar o IPDU para comandar a área social da Capital.

Na sessão ordinária desta terça, o presidente eleito da Câmara, vereador Júlio Pinheiro, do mesmo PTB de Galindo, promete fazer um  pronunciamento contra o que chama de interferência do ex-prefeito Wilson na nova administração. Outros parlamentares da base também engrossa o movimento. O pedetista Toninho comentou que, "enquanto Galindo não se desvincular de Wilson, não terá condições de tocar a administração de forma independente. "Não há motivo para esse tipo de pressão. Como Wilson renunciou ao mandato, então acabou. Se o Chico Galindo não implementar o seu ritmo, Cuiabá vai continuar sofrendo", critica Toninho.

Segundo o parlamentar, Wilson deixou a prefeitura "arrebentada", após cinco anos e três meses na cadeira de prefeito. Na sua avaliação, manter velhos aliados do ex-prefeito no primeiro escalão é compactuar com a ingerência e incompetência.

Galindo tem dito que deve gratidão a Wilson, de que foi eleito vice em 2008 e, com a renúncia do titular, assumiu o posto de chefe do Executivo. Seu mandato se estende até 2012. Como Wilson perdeu a disputa ao Palácio Paiaguás, assim como outros candidatos tucanos, como a deputada federal Thelma de Oliveira, o ex-senador Antero de Barros, que tentou, sem êxito, vaga no Congresso Nacional, e o próprio Carlão, o grupo não quer perder espaço no governo municipal. Daí, a pressão sobre o prefeito, que acabou por adiar a prometida reforma de quase todos os seus 13 secretários.





Fonte: RD News

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