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Sábado - 24 de Agosto de 2013 às 08:24

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Afastada do meio político desde outubro, quando se desfiliou do PT, a ex-senadora Serys Slhessaranko retomou oficialmente suas atividades nesta sexta-feira (23), com adesão ao PTB. 

Ela já manifesta o interesse em participar das eleições de 2014 disputando a única vaga ao Senado Federal destinada a Mato Grosso. Encara a candidatura como uma oportunidade de colocar um ponto final sobre um “caso mal resolvido”. 

O desejo é remanescente das eleições de 2010, quando foi “impedida” pelo PT de tentar a reeleição. Na época, a legenda preferiu conceder a postulação ao então deputado federal Carlos Abicalil. 

Apesar da vontade de voltar a atuar em Brasília, Serys reconhece que o atual cenário de prováveis candidatos tornará a disputa difícil. 

“Essa será uma empreitada difícil. É uma supermajoritária, com uma vaga só e significativos possíveis candidatos, mas vamos ver. Se for possível, gostaria de participar dessa disputa até para responder a tantas solicitações que tive na época do PT, logo depois da eleição. Porém, essa é uma questão partidária”, pondera. 

O PTB já realizou algumas reuniões partidárias para discutir as chapas proporcionais para 2014. Apesar disso, antes da filiação de Serys, não se cogitava nenhum nome para uma disputa ao Senado. 

Assim, a ex-parlamentar não deve encontrar dificuldades em ter seu desejo atendido. Além disso, ela tem um grande respaldo interno do presidente regional da sigla, Chico Galindo, e do ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, que também se filiou recentemente e deve concorrer a uma vaga na Câmara Federal. 

Outra possibilidade que pode se concretizar, no entanto, é a de que o PTB lance um candidato ao governo do Estado. Neste cenário, tanto Pagot quanto a própria Serys, seriam possíveis nomes. Tal discussão, todavia, só deve se intensificar a partir do final do ano. 

PASSADO PETISTA – Serys era uma das mais influentes figuras do PT no Estado, mas após divergências internas, solicitou desfiliação. Junto com ela, outros militantes resolveram abandonar o partido. 

A decisão foi adotada em meio às eleições municipais do ano passado, quando Lúdio Cabral (PT) disputava a Prefeitura de Cuiabá com o empresário Mauro Mendes (PSB). 

A ex-parlamentar militou na legenda por 23 anos. Ao sair, disse que “aguentou até onde pode”, tolerando até humilhações, segundo ela. 

“Não quis sair depois da eleição para não deixar brecha para falarem. Saio agora com o coração doído, porque é ruim ver quem busca o poder a qualquer custo”, desabafou à época. 

Ela afirma que sua ausência na eleição daquele ano deixou muitas pessoas surpresas. Isso porque, realizou um trabalho intensivo para todos os municípios de Mato Grosso, visitando diversas cidades ou, como diz, “caminhando junto ao povo”. “Isso ficou incrustado. As pessoas achavam que a luta continuaria”, diz. (PV)





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