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Sábado - 24 de Agosto de 2013 às 08:18
Por: PRISCILLA VILELA

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O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel (PSD), rebateu as críticas que recebeu por conta da abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar supostas irregularidades no aluguel de maquinário pelo Executivo. 


O social-democrata pondera que não quer “baixar o nível” no diálogo com a prefeitura e avalia que o Alencastro tem demonstrado muita preocupação com a apuração. “Quem não deve, não teme. Se eles estão tão preocupados assim, nós é que devemos ficar atentos”. 


A reação se deu diante do posicionamento da administração municipal quanto à instalação da CPI. Em entrevista recente ao Diário, o secretário municipal de Governo, Fábio Garcia, defendeu que a Câmara não tem fundamentos para criar a comissão. 


“Trata-se de uma chantagem do presidente João Emanuel na tentativa de forçar o prefeito a aumentar os recursos destinados para a Câmara. O prefeito não vai ceder a este tipo de chantagem. Podem ser uma, duas, três, ou até 10 CPIs”, disse. 


O secretário sustentou ainda que a gestão Mauro Mendes (PSB) está absolutamente tranquila em relação à investigação, uma vez que “o processo de licitação foi feito de forma transparente e legal, com a participação de mais de 10 empresas”. 


Pontuou também que o aluguel resultou em uma economia de mais de 30% aos cofres públicos, o que representa cerca de R$ 3 milhões. “Esse maquinário é extremamente importante para podermos executar essas obras (de recapeamento e pavimentação) porque temos apenas o período seco, de quatro meses, para isso”. 


Além de Fábio Garcia, o secretário de Comunicação, Kleber Lima, se manifestou sobre o assunto. Em entrevista a uma emissora de rádio nesta semana, ele teria chamado João Emanuel de “menino mimado”, além de acusar o social-democrata de tentar um “golpe” para assumir o comando do Palácio Alencastro. “Ele quer virar prefeito, nem que seja por um dia, para produzir o dinheiro de que ele precisa”. 


Kleber afirmou ter informações de que o vereador estaria realizando reuniões às escondidas em que o tema seriam formas para retirar Mendes do poder. Isso porque, como a Capital não possui um vice-prefeito (João Malheiros renunciou ao posto), em caso de ausência do socialista, é o presidente da Câmara quem assume. 


Sobre estas declarações, João Emanuel disse reprovar a “escalação” de um secretário para assumir um confronto com o Legislativo. 


EM PÉ-DE-GUERRA – A CPI dos Maquinários está alvoroçando não somente as relações entre Executivo e Legislativo, mas entre os próprios vereadores. 


Os representantes da base aliada de Mendes se revoltaram contra a ala oposicionista, acirrando as discussões ao ponto de João Emanuel ameaçar expulsar Dilemário Alencar (PTB) do plenário. 


A base aliada ainda respondeu ao pedido de CPI contra a prefeitura com a apresentação de três requerimentos pela abertura de investigações contra a mesa diretora. Dentre eles, um se destinado exclusivamente a João Emanuel. Os outros visam apurar supostas ilegalidades no processo legislativo. 





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